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Mensagens

A mostrar mensagens de 2005

dias de passagem

esta tem sido a minha "vista" estas "férias". já veio o Pai Natal, já comi as coisas de Natal que todos os anos enchem as mesas da família, já abracei toda a gente e deixei que as minhas sobrinhas desembrulhassem quase todos os meus presentes. já fui à faculdade e voltei, e ao estágio. já estive no computador, mas também andei a pé por Lisboa, vi os carros e motas do Dakar espalhados por aí. fui a cafés e demorei-me lá. apanhei chuva e frio, não muita, não muito. fui a fnac e tive tempo de procurar livros e discos :) também ando nas mensagens, nas fotocópias, nos livros, nos parágrafos e nas referências bibliográficas. e tenho coisas escritas na agenda mas não lhes ligo nenhuma que não estou para isso e páginas fech adas também fazem falta. tenho dormido e consigo ir a cafés e voltar tarde. depois ainda leio o livro viciante que a minha irmã me deu. tenho sono de manhã mas durmo smpre mais um bocadinho. (tenho-te a ti e essa é sempre a minha alegria maior)

escorrega

apetece-me descer de um escorrega a s s i m!

:)

sim, é verdade que não me deixam dormir, que me fazem deitar tarde e acordar muito cedo de manhã, que me deixam os olho a brilhar de estar tanto tempo ao computador, que me entopem de relatórios e planeamentos, mais as Conners, os objectivos e tudo o resto, mas a verdade é que hoje me apeteceu muito uma sessão com as minhas crianças. Bom Natal ao A., à M. e ao M. também.
" soletrou mais alto (...) ti-ram-se du-vi-das...o tirador de duvidas afagou o menino. Disse-lhe: duvida é quando não sabemos bem alguma coisa.o menino sorriu, procurou a orelha peluda do homem: duvida é amanhã?mãos dadas, duvida virou nome da esquina." e se amanhã o medo, Ondjaki vi no blog da maggie. são palavras que, se tivessem passado por mim nesta ordem, neste livro, tb teríam vindo aqui parar porque não passava por elas como se faz a um episódio de tv não conseguiria as letras são a castanho pq tenho uma amiga louca que compra roupa e depois acha que não fica bem (oi assim que hoje ganhei um casaco!)
"Não se encontra o que se procura, mas o que e encontra." M.S.T.

a linha

“ (...) porque quando a linha fica direita a pessoa morre…às vezes dá nas telenovelas e eu sei que é assim, a linha…” disseram-me hoje (e eu achei tão bonito)

Anos

Hoje fazes seis anos. seis aninhos. "afinal não é assim tão diferente" de ter cinco, embora não seja a mesma coisa que ter quatro, e quando tiveres sete de certeza que vai ser diferente. dezoito é inimaginável, por enquanto. O T é um menino de seis anos com as mãos do mesmo tamanho que as minhas (o mindinho quase que me ultrapassa), o que quer dizer que este bog, do tamanho da minha mão, é dele também. O T é um menino que me ensina todos os dias como é isso de existirem "dois escuros", de ele ser " o homem, tu és o super", de ser bom por dentro, de saber dar festinhas desde muito pequeno, e receber também. sabe-me explicar a importância dos ratotes e o que pensam, como é ter tartarugas na marquise da cozinha e o que é ter amigos " que são família". desenhar o homem-aranha e o super-homem. gostar de ir à despensa roubar bolachas. dar abraços quando alguém chega e às vezes chorar quando se vão embora. juntar letras e fazer palavras. ter lápis de c

"just like anyone"

esta semana recuperei esta canção. sentei-me junto à janela, peguei em alguns discos e toca de enfiar canções no computador. agora sou nómada, e sinto-me menos só no caminho se tiver música comigo. era alguém que dizia isso, que se se tirassem as referências completas a alguém e essa pessoa fosse deixada assim no mundo, sem referências nenhumas, acabaria por enlouquecer. (tão verdade como aquela outra história de que se pode morrer de amor. só.) este álbum é de um passeio em lisboa, de carro, na baixa. já não sei o mês e adivinho o ano a custo, depois de fazer algumas contas pelos dedos de uma mão. ando com falta de tempo. para mim, para estar com quem gosto. às vezes estou simplesmente desencontrada, quando posso a outra pessoa não pode, ou falo com voice mails, nada parecidos com a voz de amigos. hoje tive muitas saudades do meu avô. gostava de o ter cá, assim gordinho e baixinho. chamavam-lhe "pinguim" quando andava na faculdade. é estranho, mas quem tem médicos na família

uma nova visão

"Há semana e meia atrás, num qualquer estúdio de televisão, um produtor abraçou-me e cuspiu-me: "epá, Bruno! Ainda bem que te encontro. Ainda ontem estive na Sic e quando me disseram que tu ias assinar contrato eu disse logo: porra! esse gajo é insuportável, espero nunca ter de trabalhar com ele porque diz que tem um feitio insuportável! O puto é vedeta como tudo... (fim de citação) Mas olha, agora que te encontro aqui estou arrependido, és um gajo impecável! Desculpa lá!"Tudo isto se passou com um abraço, um sorriso nos dentes, e uma faca bem afiada a ser arrancada discretamente das minhas costas.Trabalhe-se em televisão e toda a gente nos conhece. Toda. Mesmo quem nunca nos conheceu. Todos segredam o nosso feitio, porque "ouvir dizer...". Todos afirmar com quem fomos para a cama, que somos drogados, que somos maus colegas, que dúvidas não há porque "estava na revista" Todos, menos os que nos conhecem. O senhor do café, do quiosque, do supermercado,

(verdadeiro) génio literário

Esta é a crónica de Nuno Markl que vi no blog da Pipa, e está aqui também para ainda mais pessoas não perderem...é deliciosa... "Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg. Nascido em 1398.Presume-se que tenha falecido a 3 de Fevereiro de 1468. Um operário metalúrgico e inventor alemão, a quem se deve, na década de 1440, a invenção da imprensa.O poder da criação de Gutenberg seria demonstrado em 1455, ano em que o inventor editaria a famosa Bíblia em dois volumes. Sim, a Bíblia de Gutenberg tornou-se num marco notável na História daspalavras impressas. Até ao passado fim-de-semana. No passado fim-de-semana, o semanário português O INDEPENDENTE publicou,discretamente, no seu suplemento VIDA, uma coluna de opinião da autoria de Catarina Jardim. Quem é Catarina Jardim? Nada mais, nada menos do que a popular Pimpinha Jardim. Que fica desde já a ganhar a Gutenberg neste ponto – Gutenberg não tinha nenhum nome de mimo. Ele era capaz de gostar de ter um nome de mimo – não deve se

Génio literário

Todos a bordo! O cruzeiro a África foi uma locura. Pode mesmo dizer-se que foi o cruzeiro das festas, como alguns dos convidados chamavam ao navio em que Luís Evaristo nos presenteou com mais um BeOne on Board. Sexta-feira, embarque às 17h00, seguido dos devidos preparativos para o jantar de gala a bordo; mais tarde, já com as roupas trocadas, o festão decorreu em duas discotecas e quase ninguém dormiu, tal era a vontade de não perder pitada. Sábado chegámos a Tânger por volta das 14h00, desembarcámo-nos e dirigimo-nos à Medina e ao mercado, com a ajuda de um guia que tentou levar-nos a todo o lado menos aonde queríamos. O que quer que eu tente descrever não é nada comparado com a realidade. Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm um aspecto assustador. Por várias vezes tentaram aldrabar-nos, chegando a limites inauditos como o de nos pedirem três mil euros por uma garrafa de água! Apesar de já ter viajado muito, nunca tinha visto uma cultura assim e sendo eu loira não me s

guida

hoje gostava de poder ficar no fundo e de ti. de sentir as minhas mãos transformadas em água, ouvir as minhas canções e as histórias que me contas. ver o mundo inteiro a passar lá fora sem sair do lugar. respirar fundo.

18 anos

Foi com este cd que tudo começou para mim. Antes há outras histórias ainda, mas foi aqui, na faixa um do primeiro cd, que a música começou para mim. Não foi há muito tempo, mas é um tempo que faz toda a diferença e traça uma linha divisória na minha vida. Há o "antes" e o "depois" desta canção. No dia 16 de Novembro de 2005, ontem, a carreira da Mafalda fez 18 anos de vida. De-zoi-to! são 18 de muitos concertos e muitos palcos, entrevistas, viagens, páginas de jornal, mas para mim são sobretudo as canções na minha vida. na solidão do meu quarto, nas viagens, a caminho, nos dias de todos os dias, em pessoas que fui conhecendo e outras que ficaram pelo caminho. estas são as canções que fazem parte da minha história e que tantas (tantas) vezes me chegam com uma voz colada ao ouvido. Porque a Mafalda canta com uma voz de dentro, alheia a modas e disposições, que pode brilhar em grandes produções e esgotar Coliseus sem parar, mas também sabe encher aquelas salas

Professora Ana Carvalho

a professora ana carvalho é muito simples e daquelas pessoas que gosta muito do que faz. sabe relativizar os problemas e rir-se deles, e sabe ainda melhor fazer alguma coisa para os resolver. tem um trabalho muito exigente e tenho a certeza que deve haver dias que chega a casa estoirada e com a cabeça em água e a pensar no dia seguinte, no que vai fazer para correr melhor. a nível técnico, é professora da sala teacch, mas aposto que pouca gente ficou mais informada com este facto, o que só prova que importante mesmo é o que vem antes. conheci-a há dois anos atrás, tive o privilégio de trabalhar com ela ao longo de todo o ano passado e de seguir de perto o abrir do mundo de meninos autistas tão centrados neles próprios, às vezes tão longe de toda e qualquer coisa. a professora ana sabe ir lá buscá-los, e ser muito exigente também. deixa-os ficar contentes, deixa-os zangarem-se, mas depois é altura de trabalhar e só há uma maneira de o fazer: é enterrar as mãos, depois o corpo todo até

o basco!

o Basco não se chama "Basco", mas Vasco. é do Norte, aliás, do Nuorte e é meu amigo, apesar de nos vermos poucas vezes. o Vasco é uma bela história. há poucas pessoas que me fazem rir tanto como ele, e é a rir que me lembro de uma vez que quase rebentei às gargalhadas e foi por uma unha negra que me controlei. estávamos num concerto no twins, no porto, e ele atrás de mim, muito perto do "palco" que não era palco, era só um banco onde a Mafalda (Veiga) estava a tocar, e tinha ao lado o piano do Filipe. Foi um concerto acústico lindo onde ouvi pela primeira vez uma versão também acústica de uma canção que adoro. "só tu sabes". e sou eu sei o que me ri quando, mais à frente no alinhamento, começa outra canção e o Vasco encarna um espírito vindo de outro planeta, ou uma voz?..., e canta altíssimo colado ao meu ouvido e completamente, repito, completamente desafinado! mas desafinado como nunca vi! ora o que aconteceu é que eu quase não me ía controlando, e outr

ontem

gosto de dias de verão que aparecem no outono e no inverno
fazes-me falta (tanta)

fim-de-semana feriado

tempo de ouvir a chuva cair lá fora
" A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também." Miguel Esteves Cardoso Marília
Este é o Zé. Já se falou tanto dele aqui, e costuma ser sempre por esta altura do ano, que decidi apresentá-lo a vocês. Foi ele que esteve doente e a quem toda a gente mandou beijinhos de "melhoras" e de "boas melhoras". É ele que agora já está bom. Ainda bem. Cá está o Zé Moacho, ou "muxaxo", como diz Angel, el padre de María:)
as manhãs de terça e quinta-feira eram assim:) um dia destes mostro-vos aqui uma fotografias das minhas manhãs agora beijinhos aos amigos tenho saudades de amigos

aqui estou

em cascais, a fazer tempo para a observação de um menino daqui a pouco, às duas. perdi-me nos blogs que conheço e não conheço. voltei ao pedro ribeiro e aos links que tem por lá. descobri que a cunhada de uma amiga minha trabalha no sítio onde estou a estagiar. está um dia lindo de sol e vê-se a serra de sintra ao fundo. talvez não seja verdade, mas de manhã, quando chego, sinto sempre o vento com o frio que vem desde lá de cima e traz o cheiro de todas as árvores que fazem as montanhas da serra. hoje lembrei-me do zé porque a mafalda conta que ele dizia que "cada homem devia ter a sua montanha". eu tenho este bocadinho, sempre que chego talvez faça a estrada mais bonita que conheço no regresso e casa.

os dias

não resisti e acabei de ler um livo agora. não era para ter continuado tanto tempo, amanhã levanto-me às sete e são quase duas a manhã agora, mas a história ficou emocionante e não consegui parar, entretanto fiquei sem sono. o triste é que há um bom que morre no fim. e pronto, a situação é ridícula por haver "um bom que morre no fim"...os homens dirão "mulheres!"...algumas mulheres que conheço dirão "bolas, valha-me deus que não é caso para tanto", mas sei que por exemplo a Maggie me ía compreender nisto! esta semana vai ter aí uma notícia importante e espero que tudo corra pelo melhor. sempre que digo esta frase lembro-me de uma menina, no alto dos seus 6/7 anos que dizia acerca da vida "fachamos os olhos com força e esperamos que tudo corra pelo melhor!". estou assim estes dias. precisava de uma imagem feliz antes de me entregar ao sono e fui buscar esta. há tanta felicidade nesta fotografia! às vezes gostava de escrever muito bem e poder dizer

adoro

adoro chegar a casa depois de um concerto e sentir-me cheia. adoro entrar no quarto e encontrar canetas de feltro no chão, folhas, desenhos das minhas sobrinhas que cá estiveram. a verdade é que fico com o coração um bocadinho apertado também, por não ter estado, porque todos os momentos do mudno vividos assim ainda são poucos, ainda de menos. a M. fez-me um desenho, é o primeiro desenho dela que recebo de uma pessoa. (está a crescer tanto!) já percebe que o corpo tem braços e pernas, e uma cabeça, e no meio um tronco. deixaram-me estes presentes maravilhosos em cima da mesa. adoro as folhas a4 com os vossos traços quando chego a casa . hoje foi dia de música, amanhã de sobrinhos. e mesmo que os instantes todos sejam poucos, " quando eu morrer volto a buscar o instantes que não vivi junto ao mar". quero sempre mais tempo convosoco, de música também.

fui e vim

fui e vim a braga. não ao sítio do costume, a uma festa surpresa, numa casa perto de um sítio onde passo tantas vezes sempre que lá vou "a cima". braga é como aqueles sotãos de casa antiga para mim. desta vez funcionou como uma nova sala de estar, pequenina, com uma janela de luz grande cá para fora. especial. ainda tive tempo de dar um beijinho a prima Vera que também fazia anos e lá fomos nós num polo pela A1 e depois pela A3, em jeito de tamanho de folha de papel, até os 300 e tal km se reduzirem a nada. acreditem, era mesmo meia noite quando acendemos as velas à porta do prédio, meia noite e pouco quando chegámos lá a cima, ao segundo esquerdo, com as velas já derretidas por cima do bolo e a cair para o lado. e foi aí que ela chorou, mas essa era a nossa única certeza. jantar tardio, ainda bem que lá em cima se faz sempre muita comida, e todos os bolos de aniverário, filmes e fotografias " para mais tarde recordar, ....turu!". depois dormi, que o cansaço era mui

=)

Na embalagem de sabonete Dove :"INDICAÇÕES: UTILIZAR COMO SABONETE NORMAL"(Boa! Cabe a cada um imaginar para que serve um sabonete anormal) Em alguns pacotes de refeições congeladas Iglo :"SUGESTÃO DE APRESENTAÇÃO: DESCONGELAR PRIMEIRO" (É só sugestão! De repente o pessoal pode estar afim de lambê-la,como se fosse um gelado...) Num hotel que oferecia touca para o duche :"VÁLIDO PARA UMA CABEÇA" (Alguém muito romântico poderia colocar a sua e a da amada na mesma touca...) Na sobremesa Tiramisú da marca Tesco , impresso no lado de baixo da caixa:"NÃO INVERTER A EMBALAGEM (Oops!!! leu o aviso...é porque já inverteu!) No pudim do Mini Preço: "ATENÇÃO: O PUDIM ESTARÁ QUENTE DEPOIS DE AQUECIDO" (Brilhante!!) Na embalagem da tábua de passar Rowenta :"NÃO ENGOMAR A ROUPA SOBRE O CORPO" (Gostaria de conhecer a infeliz criatura que deu origem a este aviso) Num medicamento (pediátrico) contra o catarro infantil, da Boots:"
amanhã às 23.30 no casino todos os anos é a mesma coisa. no fim do verão, início de outono, lá vem o casino. acontece-me desde 2001, acho eu, mas nesse ano foi em novembro e tinha acabado de entrar na faculdade. o que quer dizer que este ano volto no meu último ano de curso, e para o ano...?o casino marca sempre um ano diferente. amanhã é "coisa boa" mesmo.

outono

há uma parte assim neste meu outono. muitas cores quentes, um ano já de cores quentes, dois anos desde uma data que considero uma vitória e um dia feliz, um novo começo. dois aniversários e mais ainda não sei. aconteceu uma coisa especial e de tão especial nem sei como a contar. o P. é um menino de oito anos com o ar mais querido do mundo ( partilha esta categoria com o T., a Bu e a Pimpas) e maroto, com um cheiro de criança mesmo, que gosta de cócegas na barriga, música, pão às 10: 30 e bolachas sempre que pode. despedimo-nos dele durante as "ferias grandes" para o rencontrarmos agora, com a magia de setembro. e se dúvidas na magia houvesse, desfaçam-nas, porque o Pedro começou a falar há três semanas atrás. começou e segue no caminho da comunicação com os outros agora. estou tão feliz por ele, por ser ele, pela voz que tem. há tantas pessoas com voz e tanto silêncio no que dizem, e ele veio do mundo do silêncio para aprender a dizer "sou eu". só me faz

norte

tenho saudades de rumar a norte. Verão é muito sinónimo de sul para mim, quando chega o outono fico a precisar de mudar de direcção. a norte. de trocar de roupa, comprar materiais para o trabalho, descortinar histórias antigas dos meninos que me chegam, segurar-lhes o nome nas mãos até poderem ser eles a levarem-no no peito. fico com outro fome, de sopa e coisas quentes, de chá, e os "caxinhos" são quentes e não frios. apetece-me outra música, mas ontem a pipa sugeriu-me reagge! a pipa é assim, inesperada! gosto muito dela. e depois apetece-me um café no majestic e combinar com o vasco uma tarde para pôr a conversa em dia. mostrar-te a cidade, ver-te à beira douro com a luz do pôr-do-sol na cara, enrolado num casaco quente e com as mãos encolhidas dentro da parte final das mangas. apresentar-te o vasco e ver-te a não conseguir parar de rir, porque com ele é impossível, especialmente quando canta. apetecem-me os croissants das taipas e aquela coisa de se dormir até se acordar,

coisas que se dizem #5

" acho que vivemos muito pouco tempo para não sermos se não amadores" Maria José Vidigal li o blog de uma amiga minha há pouco, e encontrei-a desiludida. também tenho andado assim no fundo, nomeadamente no que toca à falta de lealdade para com as pessoas. ou se é amigo ou não se é e ponto final. esta é sempre uma questão se ser ou não ser, onde não cabem "talvez" nem "depende". e o facto de ser, afinal, uma equação simples, não quer dizer que não seja difícil- como é. hoje gostava que os meus amigos, as pessoas que tenho à minha volta, me dissessem simplesmente se são amigos ou não. prefiro um "não" dessses do que um "sim" que s taduz numa maneira de estar que não e a verdadeira e deixa, por isso mesmo, de ser a melhor. hoje gostava de uma coisa simples assim. sim ou não.
Hello shimano!

Mwetsi

não te esqueças que há o caminho de ida e as tardes em que fomos juntos crianças o tempo não nos roubou de nós nem de ti ( fotografia de Rui Bonito)
a Amélia tinha um espaço grande na janela do coração. tinha o ar bonito de quem gosta muito de crianças, e todas elas, assim que chegavam à escola, se agarravam a ela e diziam " bom dia Amélia!". a Amélia tinha um grande sorriso, sabia onde estava a mala de cada menino e menina, conhecia os irmãos, mesmo os mais novos acabados de nascer que ainda não andavam na escola. a minha sobrinha gostava muito dela, muito, a minha irmã também. eu também. não a via todos os dias, mas quando ía lá buscar a "minha criança", era ela que abria a porta. a sorrir. acho que nunca a vi com a bata que todas as outras funcionárias usavam, mas todos sabiam que ela era dali porque tinha o ar de pertença. de quem faz parte. sorria muito no dias das famílias, em que o recreio ainda ficava mais cheio. conseguia que todas as crianças se portassem bem com ela, denunciando a inutilidade dos castigos e a maldade da falta de paciência. gostava de ir à escola e ver a Amélia. tinha uma ternura nos

dúvidas

Doubt thou the stars are fire, Doubt the sun doth move, Doubt truth to be a liar but never doubt thy love. William Shakespeare

a escola

costumava ficar a olhar para a escola da janela da minha Tia São, ali no Bairro de São Miguel, com os meninos todos a fazer a pequena rampa que os levava para "lá", o lado que eu não via de mesmo que me empoleirasse e cerrasse os olhos. conseguia ver um ou outro menino lá dentro, no recreio, mas era sempre num rasgão, num movimento que desaparecia logo a seguir. os primeiros dias de escola do ano eram mais movimentados. os pais levavam os filhos pela mão e ficavam, como eu, empoleirados a espreitar lá para dentro. havia crianças que choravam, não largavam o colo da mãe, e todas olhavam em volta sem saber quais daqueles meninos todos iríam ser os seus colegas de turma. era assim que passava o tempo em setembro, enquanto a minha avó, tia e amigas conversavam numa mesa da sala com brasas ao meio, onde se aqueciam os pés no inverno e escondia coisas minhas. um lápis encontrado no chão, uma carica, um afia, todos atirados por entre a grelha das brasas. claro que isto era no verão,
apetecia-me

Maggie

" Maggie" foi o que ela escreveu nas costas de um bloco de desenho que tinha na altura, pouco depois de nos conhecermos. era a altura dos terríveis exames nacionais do 12º ano e íamos em bando para a mediateca estudar. ao menos havia muitas mesas, pouco barulho, ar-condicionado ( lá fora era Verão), e um café perto onde ir em horas de desespero. foi no meio de folhas e apontamentos, das ti-82 e 83, dos horários das explicações e os cafés que conheci uma das minhas maiores amigas. a maggie fez anos dia 9, ontem. tinha pensado chegar a casa hoje à noite e escrever este post ainda nos anos dela, mas a inauguração de primeira casa de outra amiga atrasou-me um bocadinho. a fingir que ainda é dia 9. a maggie não é muito alta mas tem aquela coisa boa de ter muito espaço por dentro. tem muito " por onde se lhe pegue", no fundo. sabe muito de várias coisas, como ter vários meios-irmãos dos dois aos vinte anos, sabe de enfermagem, de espanhol, de teatro, de música. também

a hora

A hora mais bonita do dia aqui acontece no pôr-do-sol. os carros deixam os lugares de estacionamento vazios, levantam poeira. todos deixam a praia, levam as raquetes, toalhas e cadeiras, a água está quente e garante o melhor banho, os nadadores-salvadores arrumam as cadeiras dos toldos. o nosso é sempre o último. pus-me de frente para o sol enquanto descia, preparada para fazer como o meu pai me ensinou: pedir um desejo no último raio de sol. no dia de criança em que ele me ensinou isto, o desejo que pedi realizou-se de verdade, por isso sempre acreditei na magia. hoje fechei os olhos e abri-os por dentro. lembrei-me do teu jeito de viver e querer o lado de dentro dos dias, como quem quer viver debaixo de água. respirar a pele inteira no lugar onde cada movimento nasce e viaja em volta. sempre achei que moro numa praia onde vejo chegar as ondas que formas quando estás debaixo de água, mesmo que seja ao pé de mim. ou mesmo que não seja. é aqui que fico à espera de só uma onda
Só falta abandonar a velha escola tomar o mundo feito coca-cola fazer da minha vida sempre o meu passeio público e ao mesmo tempo fazer dela o meu caminho só único talvez eu seja o último romântico nos litorais desse oceano atlântico só falta reunir a zona norte a zona sul iluminar a vida já que a morte cai do azul só falta te querer te ganhar e te perder falta eu acordar ser gente grande pra poder chorar me dá um beijo então aperta minha mão tolice é viver a vida assim sem aventura deixa ser pelo coração se é loucura então melhor não ter razão
Esta fotografia é do Pedro Palma e chama-se " de olhos postos no futuro". E não há melhor imagem para um dia como hoje.

"não nasci..."

"Não nasci na barrga da minha mãe, nasci no coração. " A., 9 anos menino adoptado ( n sei o autor da fotografis, perdi a referência m obrigada a quem a tirou)

3 dias

dia 1: mapa . luso na galp . estrada em frente . sempre em frente . sul. música . perdidos? (achados!) . comporta . larguinho . café central ( em toda a terrinha há um café central) . seta . esquerda até ao fim. uma amiga. praia. mar enorme. mar bom. ondas que levantam e metem uma ponta de medo, o que dá mais gozo. água boa. abençoada. sol. fim do dia na areia. fome. check-in. "casa" e banho. duche. esqueci-me do amaciador em casa. avó e primos. jantar. o arroz da avó que podia comer todos os dias da minha vida). rir. patos. asara, a vera, o miguel e o joão. a ursa maior e menor. os bolos ao fim da noite. os braços. dia 2: preguiça. preguiça para o outro lado. espreguiçar. adormecer. acordar. capuccinos. praia. o sol lá em cima. ondas maiores. três amigas chegam. converar. ver um professor da faculdade em calções de banho. pirulitos. rir. um set de ondas. e outro. outro ainda. a ritinha, a fabi e a móbica. a rita a fazer-me uma trança. a fome e nós sem ligar. tu aí. aqui. ade

a dormir

tenho a dormir na minha cama o homem mais bonito do mundo. sei bem que não conheço o mundo todo, nem os homens todos que o fazem, mas sei que posso dizer alto que " tenho a dormir na minha cama o homem mais bonito do mundo". estava lá ainda agora, com ele enrolado, de cara pousada entre o meu ombro e pescoço, na curva do braço que se estende, mas queria dizer a quem posso que "tenho a dormir na minha cama o homem mais bonito do mundo". pensei ir num instante alugar um avião e escrever no céu, para que todos pudessem saber, mas não me quero ir embora daqui agora. vim só aqui dizer o que agradeço todos os dias da minha vida por existir só, por existir comigo, em mim. dentro de mim.

The gift

foi a primeira vez que consegui ir a um concerto dos The Gift. foi ontem, no Du art garden, com muito bom som, várias câmaras em palco que transmitiam o espectáculo, sem delay, a todos os que estavam no público. muito boa onda em palco, muitos instrumentos estranhíssimos e imensos botões, os singles e as outras, uma música linda em português ( mais bonita ainda por ser em português). confesso que saí de lá melhor da constipção e tudo. gostei dos dois lados, AM e FM, de canções vindas de outros álbuns, da Sónia, do John e companhia, das luzes e do ambiente do recinto. quero arranjar o álbum, o que sognifica que o concerto correu bem. agora é esperar por dia 29. é que por mais que haja concertos bons e BONS, há sempre concertos que são do fundo do coração. dia 29 joga a minha equipa.

how to dismantle an atomic bomb

hello, hello lay down , lay down lay down your sillouette on the ground tou think you've got the stuff it´s quitte a different song it wasn't what the melody needed listen to me now we took 3 years working in that song the brightest star there's so much to offer but would you offer your soul? it seems to take a very long time for everyone to commit things turn around each other for a while and then everyone commits

"sem correr, bem devagar"

sem correr,bem devagar a felicidade voltou pra mim sem preceber, sem suspeitar o meu coração deixou você surgir e como o despertar depois de um sonho mau eu vi o amor surgindo em seu olhar e a beleza da ternura de sentir você chegou sem correr bem devagar "bem devagar", Caetano Veloso ontem enquanto esperava numa estação de comboios esta música apareceu

algarve

também tive a típica época de algarve este ano. tenho mais coisas para escrever e nunca me esquecer de como as crianças, as minhas, vão crescendo com as palavras e as deixam também crescer dentro delas. depois houve o marisco, a casa azul, as tapas em espanha e os cremes, mais o outro creme ( que se bebe), além das canecas de cerveja e da roupa gira. só foi complicado estar longe de amigos 15 dias. percebi que sou muito ligada pessoas mesmo, e não ver referências grandes durante quinze dias fez-me sentir que me fizeram falta. mas foi bom, ando só com alergia às melgas. verdade.

injusto

tenho visto muito menos os meus vizinhos do lado. nem pensei muito no assunto. meteu-se a parte final do ano, os exames e as últimas entregas de trabalhos, e depois houve o trabalho no colégio, alguns dias de praia e o algarve. cheguei hoje a casa e a minha mãe contou-me que o joão, o filho, mais novo de todos, teve um acidente. estava a deslizar no corrimão da escola e caíu. está há dois meses no hospital, em coma. neste momento está em alcoitão, reconhece a mãe, tem uma irmã que entra pelo quarto a dar força a todos e a dizer que "ele vai ficar bom". e o joão é só um menino que eu às vezes vejo, que às vezes toca á camapaínha e pegunta se o tobias pode ir lá brincar um bocadinho para casa. pergunta-me sempre se ele faz xixi, eu digo que não mas espero que o cão não tenha nenhuma vontade repentina que me estrague o plano e a brincadeira do joão. tem uma mochila quase maior que ele e uns olhos à chinês. vejo-o nas escadas. agora percebo o olhar triste do pai e da mãe, quan

how to be an artist

stay loose. learn to watch snails. plant impossible gardens. invite someone dangerous for tea. make little signs that say "yes" and post them all over your house. make friends with freedom and uncertainty. look forward to dreams. cry during movies. swing as high as you can on a swing set, by moonlight. cultivate moods. refuse to be responsible. do it for love. take lots of naps. give money away. do it now. the money will follow. believe in magic. laugh a lot. celebrate every gorgeus moment. take moonbaths. have wild imaginning transformative dreams, and perfect calm. draw on the walls. read everyday. imagine yourself magic. giggle with children. listen to old people. open up. dive in. be free, be yourself. drive away fear. play with everything. entertain your inner child. you are innocent. built a fort with blankets. get wet. hug trees. write love letters.

ontem

ontem à noite fui desmaiar saudades junto à casa do castelo que tantas vezes chamei de minha. encostei o carro num lugar inclinado, com o travão de mão bem puxado e a mudança engatada, e desci a colina para depois conseguir entrar em casa. as minhas sobrinhas, C. e M., estavam tão queridas! conseguimos jogar às palminhas, pôr a conversa em dia e trocar presentes, mas o bom mesmo foi apertá-las no meu colo e poder dizer o quanto gosto delas em cada apertão ou perseguição de cócegas. Antes de tudo isto, ao fim da tarde e depois de sair do trabalho ( e agora lembro-me que estava contente por ter o número para onde ligar e saber que te encontrava do lado de lá), pude ouvir-te dizer que brincavas às construções e amanhã vais à piscina. Estar á importante e é o que mais quero convosco. Todos os dias da minha vida.

today

"é agora, é agora"
não é que a felicidade um dia acabe nem que um bom dia seja só feito de sol mas é bom sentir a felicidade sem fim e o sol na ponta do nariz

A.

- olá, qual é o teu número da porta? - é o 30. - e o teu andar? - andar?...é o 3. - 30+3...33!...e 30-3?...é 27!!!!! - boa! -eu moro no lote 15, andar é o 9. (...) isto é outra forma de dizer "olá, como é que te chamas?...eu sou o A."

apetecia-me

apetecia-me uma rede brasileira e tempo para dormir. um ventinho qualquer, aquelas brisas de vento que passa a lembrar que o mundo à volta está vivo e posso continuar a dormitar mais um bocadinho que a vida espera por mim. apetecia-me umas meias noavas daquelas curtas( estou a precisar), os livros novos do bono e do sting. queria acabar hoje o livro que tenho para ler e começar outro que está em espera. também gostava de encontrar um cd realmente bom. aquele conceito de álbum que sabe bem do princípio ao fim, como me aconteceu no ano passado com o da SIA Fuller. depois...quem sabe...massagens, que me doem as costas, fazer malabarismo, escrever histórias com os mais novos, mergulhar, não ter esta dor de cabeça e incompatibilidade com o sol que me atacou nos últimos dias. nem pareço eu! queria ter os dvds do "once and again", "seinfeld" e ver alguns skecths do "gato", rever o "Coliseu de lisboa" e deixa-lo a tocar numa sala aberta em dias de Verão

S i m p l e s

oh professoraaa.....

- Posso ir à casa-de-banho? -Sim... -O meu boné? -Não sei Francisco, ainda agora estava na cabeça! - Pois...agora não está... -Professora, posso não comer a sopa. - Não, têm que comer a sopa, toda a gente. - Professora, eu não gooooooostoooooo.... - Mas faz crescer, comam! -Então só uma colher, sim? -Não, isso não vale! - Mas estão aqui legumes a boiar e detesto legumes!!!! -Teresa.... -Sim....? - Posso não fazer o voleibol? - Não, vamos lá ter com o Professor...faz comigo, 'bora! - Mas estou cansada e não gostooooo.... -Eu também não gosto! - Nem eu! - Eu tambem não! ODIAMOS VOLEIBOL! ODIAMOS VOLEIBOL! (eles, em coro) - vou cantar, está bem? - sim, pode ser. - Então ta...todos...1, 2, 3... "Para mim tanto me faz, que digas coisas boas ou coisas más ou mesmo que inventes algo que eu nunca fuiiiiiyééééééé´..." (tem sido assim, estou a adorar)

jardim da sereia - concerto

amanhã no Jardim da Sereia, em Coimbra, há um bom concerto no início da noite. Não devo poder ir, mas sei que vão amigos e isso é uma forma de lá estar. Tenho andado a trabalhar no S.J.B. com crianças queridas, e terríveis, e não tenho tido energia para vir cá ao fim do dia, como costumo fazer. Matei hoje saudades, vi blogs de amigos. Sei que a Pipa viu imagens do P. Ribeiro no CC e gostava que ele fizesse um prigrama de rádio. Sei que o pessoal anda a trabalhar e com exames. A minha irmã foi a Paris, as minhas sobrinhas estão lindas, o Tobias coça-se, tenho saudades da areia e doem-me os pés. o que queria mesmo era daquelas massagens ( quando é a mim não me posso chamar a mim mesma para fazer), queria uma rede brasileira e que amanhã fosse umdaqueles dias sem cansaço. com tempo rasgado. para ir.

salvaterra

sabe bem sair de lisboa por umas horas e encontrar a estrada e as lojas de fruta nos caminhos nacionais. as portagens, ver o trãnsito desaparecer enquanto nos afastamos da cidade e ver caminho livre pela frente. campo. fui, fomos, ter com um amigo. e com a família, a casa, alguns dos melhores amigos. este post é só para deixar um enorme obrigada pelo dia de hoje. por tudo. e pelo futuro que temos em mãos e queremos fazer crescer ( a brincar). t o d o s

nomes?

trapézio

" O mundo mais alto é de ti que depende, muitos partem desconsolados sem conhecer a altura. Lanço-me em direcção a ti como num trapézio em que espero queas mãos de outro me segurem. Se um dia não estiverem, podes ficar com as minhas mãos depois da queda. É preciso que alguém te percorra os cabelos com os dedos. É preciso que o trapézio não pare." E.Prado Coelho

opostos ( ou não)

ontem fui a um concertaço! foi um dia com tudo de BOM e soube mesmo bem. de verdade. esta semana ia resgatar uns dias de férias e partir para a estrada e o meu carro parou. em pleno largo do rato! lá andei de colete, nem imaginam como me senti uma palhaça com amarelo-fluorescente até aos joelhos, lá vi o carro encavalitar-se no reboque e lá foi. e já não há os 400 km de estrada, nem as férias. em compensação, vou amanhã à garagem falar com o SR. Figueiredo, depois hei-de percorrer a baixa à procura de um colar. ainda preciso de fazer coisas como ir ao oftalmologista fazer o teste para as lentes ( já faltei duas vezes...). tenho um "jantar de primos" na 5ª na minha avó, por isso os 400 km foram embora. tenho a areia a precisar de mim, mais os dvds, as escolas dos miúdos e não sei se o meu carro vai voltar à vida... mas a minha sobrinha deu-me uma "princesa" e a minha mãe disse " deixa lá...", e ela percebe de coisas difíceis. senti-me sortuda pelas pessoas

peixinho verde

este foi dos presentes com mais significado que recebi até hoje. obrigada ( por tanto!)

ontem e hoje

Há 10 anos: tinha 12 anos andava no 5º ou 6º ano comecei a treinar. marcou-me. vivia numa rua pequena que acabava numa praceta. tinha uma bicicleta, andava em casa de patins, tinha um sítio secreto. Há 5 anos: vivia nesta casa, noutra rua de lisboa que não tem praceta e como é uma avenida parece que não acaba. ou estava a acabar os exames do 12º, sem encontrar um sentido para o fazer, ou a arriscar tudo no curso que vou acabar com o sentido inteiro. a minha sobrinha c. tinha 1 ano e dava os primeiros passos. a m. não tinha nascido. foi a minha última época de treinos. conheci a música que me marcou para sempre. e marca. marcará. Há dois anos: estava no 2º ano. nesta altura de junho já estava de férias. atravessei o sahara de jipe mo mês seguinte e foi bom. nasceu a M. já conhecia o t. que, na altura, já era grande para a idade. a c. tinha 4 anos e já sonhava em ir a eurodisney ( foi esta páscoa) percorria o país em concertos maravilhosos. a minha avó correu risco de vida e ficou no lad

eu a caminho do sol

hoje entro de férias à tarde "é agora é agora"

princesas e peterpan

a m. adormece a cantar para ela própria, está com as mãos nos pés e vai cantando, ou marcando o ritmo na barriga com os dedos, ou ainda com a fralda naquele pedaço de pele no pescoço do mais macio que já vi. fica a cantar para ela própria até adormecer, ou vai dizendo baixinho os nomes das personagens da história que ouviu antes de dormir. hoje era "petar pan", "perdidos" e "capitão gancho", às vezes "sininho". a c. dorme muito encostada à parede, toda enrolada nos lençois até acima, apesar do calor. fica uma madeixa de cabelo espetada a espreitar cá para fora. tem 3 peluches ao lado. já deve estar a domir, apesar do concerto. hoje, e por ser dia de sobrinhos, tenho saudades do menino a quem esta noite não dei um beijinho depois de adormecer, junto à parede também (deve ser da idade).

já está!!!!!

já está! é hoje a entrega. ..as nossas caras hoje de madrugada eram assim grande grupo ( não está todo aqui) continuamos a crescer

open air

ouvi por telefone parte do dueto que a Mafalda fez com o João Pedro Pais no Optimus Open Air hoje(13 de junho). Estava muito "louco"! a Mafalda tem o dom de se pôr a prova a toda a hora. de se reinventar, experimentar novas leituras, o que faz com que ser parte do Público dela, e para ela "público" vem mesmo com letra grande, seja uma forma de respirar ar puro todos os dias. desafios já foram muitos e conseguidos. o esgotar duas noites de Coliseu de Lisboa, os dois Grandes concertos feitos com base na obra de Jorge Palma a arriscar uma produção completamente nova, a desmanchar canções, de referência também, enterrar as mãos, dar-lhes outra forma fazendo com que nos atravessassem inteiros e ao espaço entre nós, público e ela, também. o dvd, o coliseu do porto, são alguns de que me lembro agora. apesar da enorme suspeita de que o próximo passo continua este trajecto na forma de fazer música e deixar acontecer a vida, é verdade também que tudo acontece no momento único
adormeceu agora. brincámos aos robots e aos animais mortíferos, lemos dois livros e contaste-me histórias dos teus dias. inventaste rimas e fizeste uma canção. já lavas os dentes sozinho. levámos o "Pinóquio" para a cama e, pela primeira vez, conheceste o Gepeto, o menino de madeira que queria ser de verdade e o grilo, a "consciência". adormeceste muito enrolado no lençol, das voltas que ías dando enquanto te lia os "capítulos", e com uma perna dobrada para cima, encostada a parede. no outro dia fizeste isso. quando oiço a perna tombar pela parede branca...tssssss...sei que adormeceste. depois tento desenrolar-te do lençol com muito cuidado para não acordares. apago o candeeiro da girafa e guardo o livro ao pé da tua fotografia de verão. o teu universo está na janela, com o "bocadinho de noite" que deixo para trás a guardar-te. dorme bem. vou trabalhar um bocadinho agora.

outra madrugada

são quatro e tal da manhã. desde a hora do almoço que estamos todos cá em casa, e "todos" somos quase oito, nesta altura quase mortos. A hora do almoço fo há muito tempo. Deixei de ter cama, coberta por dossiers, malas, cds e folhas. O chão do quarto tem caminhos caminhos caminhos, km que parece que temos que percorrer em conjunto de uma vez só como se andássemos num segundo o que se anda num ano. estamos cansados, mas com onda. ninguém quer largar o que ainda temos em mãos, nem que seja para deixar o dia de amanhã mais livre. mesmo que depois surjam quinhentas coisas que o encham de novo. o tobias vai dormindo e acordando. tenho-me lembrado da Pipa e dos projectos que ela diz ficar a fazer noite dentro. Dantes esse conceito era muito abstracto para mim, agora é um lugar conhecido. Estamos sempre a dizer "só me falta" e continua a faltar mais um bocadinho só. parámos para café e torradas. voltámos aos ecrãs. isto devia ser filmado. (parabéns pedro. todos aqui t

directa

são 6 da manhã. ás vezes levanto-me a esta hora, hoje ainda não me deitei. o dia já nasceu e ouvem-se os passarinhos que habitam as traseiras do prédio. estoua ouvi-los piar, e às teclas do pc também. amanhã ( se não as tiver já) vou ter umas "soneiras" brutais!

coisas que se dizem

" No vocabulário de todos os dias, o elogio faz-se raramente através da exaltação da inteligência de cada um. O porreirismo é que conta. O insulto, pelo contrário, segue com frequência a via da depreciação das qualidades intelectuais dos outros . " João dos Santos primeiro pedagogo a sério de Portugal

últimas novidades

a p... da minha televisão avariou-se. vai ser um fim-de-semana árduo de trabalho e nem uma série nem nada. vou ouvir muito mais música está visto. tenho um capuccino, uma grande caneca de chá e uma garrafa de água como companhia. e dura, e dura...

recta final

Já se acabaram as sessões, as fotografias, os milhares de pequenas coisas que ocupavam os nossos dias para construir mais um tema, tentar fazer um caminho novo, ou umcaminho só, como o primeiro, em vida desencaminhadas. Este é o último fim-de-semana, ainda com muito trabalho, com dúvidas até mais não, mails, mails, mensagens, os últimos preparativos. Claro que se eu fosse mais organizada ( para o ano é que é!) já tinha mesmo tudo feito, mas ainda não tenho. vou ter. agora são os filmes e fotografias, as três mil páginas, os portáteis sem descansar, as impressoras e os furadores. depois entregar, como o primeiro respirar ao nascer.
"- A mãe vai sair? - Vai sim. - És tu que ficas cá comigo? - Sim, sou eu. - Boa! É melhor aproveitar! Então ela não se vai embora? ´Tá a arranjar o cabelo..." Adoro tomar conta dos meus sobrinhos "e construir universos de coisas boas"

junho

junho tem aquela luz sobre lisboa e os dias que se alongam junto ao rio (é tão bom ver o verão crescer, tantas vezes em espaços bem dentro de nós). hoje tive a última frequência do meu curso. para o ano é estágio. a mim não me parecia uma frequência importante e hoje os apontamentos ainda espalhados no quarto provam que estava certa. atravessei-me junto ao rio de manhã com um sobrinho cheio de sono e quase a dormir no banco de trás. depois exame, conversa, programar os próximos dias. acabaram-se os exames mas falta a entrega final do trabalho que me deu mais gozo fazer, e por isso dexou de ser trabalho. e ao contrário dos planos ininiais não vou conseguir ir à galé este fim-de-semana ( pôrra!), mas tenho os anos do pedrinho que não quero faltar e uma maratona frente aos computadores para acabar tudo o que me falta. e entretanto vem o santo antónio e a casa da minha irmã vai ficar com um cheirete a sardinha que só visto! vim de lá agora e já há bandeirinhas e balões. o cheiro a sard

"O carocho-pirilampo..."

“… uma vez, numa conversa antes de adormecer, ensinou-me que há dois escuros: o escuro do quarto à noite e o escuro de fechar os olhos onde somos reis do nosso mundo e podemos torná-lo mais feliz e melhor…” dia 18 de junho no JN Mafalda Veiga estreia-se na escrita de contos infantis com " O carocho pirilampo que tinha medo de voar"

manhã

hoje gostva de acordar com o cheiro do café que o meu pai faz de manhã. com ele a deixar a água ferver muito e sair tudo por fora, depois pegar na cafeteira sem pega de cozinha e queimar as mãos, esquecer-se de pôr a base na mesa. servir as canecas, deixar cair por fora. e sentar-se com o ar mai feliz do mundo.

Vanessa

A Vanessa foi minha colega de quarto no Brasil e passou a chamar-se "Vanolas". Fala pouco, é magrinha, foi eleita a rapariga mais bonita pelo grupo de crianças de quem ficámos amigos num sítio que já não tenho a certeza de se chamar "barra do cunhaú". desde o 1º ano da faculdade que é minha colega e sei que mora longe, à entrada de sesimbra. a nossa faculdade é ao pé do estádio nacional. por imaginar a distância que separa um e outro lugar, e o tempo infinito que representa em transportes, fica aindamais longe. ao longo dos anos de curso dei por mim a lembrar-me da vanessa de manhã, nas tantas vezes em que acordava às seis no frio glacial do inverno e na noite escura que só se levanta à chegada a Algés, ou nos dias luminosos de Verão, mas frios ainda àquela hora. lembrei-me muitas vezes dela por pensar " antes de mim só devem ter acordado a Vanessa e a Tinês". ontem fui comer petiscos com amigos. no regresso, e porque se adivinhavam filas intermináveis nos

escorrega

uma vez fui com a M. ao parque, e a C. Foi n Verão do ano passado e estava um daqueles dias quentes que derrte lisboa e leva as pessoas ao rio. Fomos ao parque e o calor espalhava-se no chão, nos balancés, nos baloiços e no escorrega. A M. quis sentar-se e disse-lhe: "está quente, cuidado." Ela levantou-se, voltou-se para trás e soprou, como faz com a sopa. Marília

dia mundial da criança

sempre adorei este dia um beijinho a todas as crianças e a cada uma (Luigi)