adoro chegar a casa depois de um concerto e sentir-me cheia. adoro entrar no quarto e encontrar canetas de feltro no chão, folhas, desenhos das minhas sobrinhas que cá estiveram. a verdade é que fico com o coração um bocadinho apertado também, por não ter estado, porque todos os momentos do mudno vividos assim ainda são poucos, ainda de menos. a M. fez-me um desenho, é o primeiro desenho dela que recebo de uma pessoa. (está a crescer tanto!) já percebe que o corpo tem braços e pernas, e uma cabeça, e no meio um tronco. deixaram-me estes presentes maravilhosos em cima da mesa. adoro as folhas a4 com os vossos traços quando chego a casa. hoje foi dia de música, amanhã de sobrinhos. e mesmo que os instantes todos sejam poucos, " quando eu morrer volto a buscar o instantes que não vivi junto ao mar". quero sempre mais tempo convosoco, de música também.
Querido J, Estou finalmente preparada para me despedir de ti com o mesmo amor com que fiquei. Escrevo-te com a cor do mar em dias de Verão, esse mar que cura e leva todas as coisas. As transforma. Tenho sonhado contigo nos últimos dias, com carinho. Lembro-me do teu cheiro, da tua pele lisa no peito e costas. Lembro-me da tua respiração ao dormir, de sentir quando chegavas a Lisboa ou qualquer outro lugar no mundo, independentemente do que estava a fazer no meu dia.A guiar, a tomar café, entre emails e reuniões de trabalho ou qualquer outro compromisso de agenda. O que me magoou já não magoa. Amei-te muito e sei que esse amor vai continuar a existir para além de nós da mesma maneira que a vista da minha antiga casa continua, apesar de eu já não morar lá e não a encontrar todas as manhãs. O amor, como a vista e o horizonte, existe desde o princípio dos tempos e não precisa de pessoas, existe por si. Este amor vai, assim, existir para além de nós. Voa e viaja, desenha cenários n...
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