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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2007

São Martinho

pequeninos crescidos

vão no banco de trás apertados. seis pés disparatam entre eles e os bancos da frente, uma bola cai, um elástico salta, os ataques de riso sucedem-se à saída da cidade enquanto ouvimos o "encosta-te a mim" e o T. ensaia breaks. toda a gente se alinha ao longo da marginal: os que vivem nas moradias e mansões, os que partilham andares apertados na linha de sintra, os que têm termos, os que preferem as esplanadas. sandálias altas, chinelos rasos e havainas marcam passo à chegadas das praias. está um sol bom e com imaginação descobre-se sempre um lugar onde poderiamos estender as toalhas e os corpos s tivéssemos vindo preparados.é pena. não é pena. é junto à serra que a paisagem respira melhor. há poucos carros, há a nuvem grande que faz de chapelinho à montanha e indica o vento que devia existir e não veio, há ciclistas e poucos carros, um sol imenso num mar recortado à esquerda. curvas e curvas até lá acim. "já estivémos aqui", chutam pedrinhas e aeia com os pés. entra

de volta

é a M. que diz que a vida nos dá sempre uma maneira de voltarmos às coisas. acho que é assim com a infância, que somos a criança que já vivemos todos os dias e não sabíamos. também é assim com as pessoas que se cruzaram e cruzam connosco todos os dias. de alguma maneira, cada passo, mesmo que acabe numa valente queda, volta mais tarde numa nova oportunidade de o dar. uma oportunidade mais madura, novinha em folha, de fazer de novo e outra vez. acontece-me com as pessoas de quem gosto muito. acontece-me com aqueles de quem (achava eu) tinha deixado de gostar. acontece-me com os talentos que cada um tem. é como senitr chegar um verão e encher o peito de ar.

a guida

é muito em mim e na minha vida. e de cada vez que a conheço mais, MAIS ela é e fica em mim. há quem escreva por nós de verdade. verdade. "dizem que foi mesmo ali colado às estrelas onde tudo começou...eu cá não sei, mas sei que é mesmo ali a tocar o céu onde tudo é mais genuíno, mais natural...e por isso, mais verdadeiro.gosto muito da verdade. mesmo quando ela dói. porque quando dói, dói sempre menos porque é verdade e então é natural, "faz parte" ! também é colado às estrelas onde só interessa o que é essencial e onde tudo se torna mais leve, talvez pela distância ao centro de "gravidade"...!bem...está na hora de levitar. volto amanhã."