Avançar para o conteúdo principal

fui e vim

fui e vim a braga. não ao sítio do costume, a uma festa surpresa, numa casa perto de um sítio onde passo tantas vezes sempre que lá vou "a cima". braga é como aqueles sotãos de casa antiga para mim. desta vez funcionou como uma nova sala de estar, pequenina, com uma janela de luz grande cá para fora. especial.
ainda tive tempo de dar um beijinho a prima Vera que também fazia anos e lá fomos nós num polo pela A1 e depois pela A3, em jeito de tamanho de folha de papel, até os 300 e tal km se reduzirem a nada. acreditem, era mesmo meia noite quando acendemos as velas à porta do prédio, meia noite e pouco quando chegámos lá a cima, ao segundo esquerdo, com as velas já derretidas por cima do bolo e a cair para o lado. e foi aí que ela chorou, mas essa era a nossa única certeza. jantar tardio, ainda bem que lá em cima se faz sempre muita comida, e todos os bolos de aniverário, filmes e fotografias " para mais tarde recordar, ....turu!". depois dormi, que o cansaço era muito, e no meio disto tudo era um dia tão importante por tantas razões. adormeci no meu lugar e acordei outra.
estive na moleza muuuuuito tempo e depois passeámos em braga. fomos ao vianna, comi um gelado maravilhoso, ouvimos um concerto (mas foi sem querer e foi horrível!). e elas dançaram e puseram toda a gente na rua a olhar para elas. fomos à procura de outra gelataria que não encontrámos, andei a pé mais alta e seguimos viagem pelo sol da tarde de braga. comemos uma francesinha que ainda trago dentro da barriga antes de vir, e depois acelerámos para baixo, a passar uma a uma as estações de serviço que já sei de cor. foi bom ser outra linguagem, mas uma linguagem simples. não ter que estar a pensar se o que me dão é a sério, por saber que é, e saber, sobretudo, que se houver um problema ele é falado para ser resolvido. e eu tenho mesmo muita pena que isto não aconteça com todos os meus amigos.
agora converso com um amigo, vou tomar um banho, o zé sai amanhã do hospital ( obrigada a todos os que mandaram beijinhos de melhoras, resultou) . oiço " ai portugal portugal, enquanto ficares à espera, ninguém te pode ajudar". e é mesmo assim.

Comentários

OBRIGADA a ti.. isso é q realmente ajudou, e n foi só a ele... eternamente agradecida.. uma e outra vez..... * (Braga... tb fui e vim.. e ADOREI...)
Maggs disse…
(fico mesmo feliz por o Zé estar bem :))

Mensagens populares deste blogue

dear Sophia, it's really late. I've just arrived home after a dinner at my grandma's house. she's still so special. everyone ate a lot, we talked about old friends, ourselves when we were growing up. there are always stories about africa. we are all so linked there, so many miles away and yet. we talked about you, alexis and darril. and also about the bulldogs that my uncle used to have and were pretty awfull and scary. I was really afraid of them, but one day I grabbed a horn and chased them trough the garden until they were crying with the noise. never bothered me again. we also mentioned cape town and pretoria, your house, your family, I remember you so dearly it's hard to say. you were my friend and were a bit like me. you thaught me english and had the patiente enough to hear me reading, laughing out loud in a bed full of animals and pillows that we throwed until they reached the ceiling, you knew the piano but hated it. you knew everybody and everything so wel

sorriso de março

hoje de manhã ía no autocarro a ouvir música e a pensar em qualquer outra coisa para além do transporte e da manhã em volta. O que me fazía regressar ao banco do bus eram as sacudidelas da tosse que me tem feito companhia e ajudava a mudar de posição no banco de forma quase automática. Isto, claro, além de uma nova arrumação dos pulmões, já que suspeito que me saíram várias vezes cá para fora, embora ninguém mostrasse o olhar espantado de "pulmões-ao-relento". Depois de uma das sacudidelas, que não contei por serem muitas, vi uma caixa de medicamentos no meu colo e uma uma senhora de olhos transparentes que a segurava. "Tome, ajudam muito. Tambémm estive assim e sei bem o que é", disse ela. Tinha um sorriso inteiro, estava muito arranjada, com o ar de quem não tem sono e de que todos os dias são dias especiais, e tinha olhos de Tejo. não são as palavras que fazem as pessoas, mas os gestos. este veio com a solidariedade dos viajantes, um sorriso e um olhar. Obriga

injusto

tenho visto muito menos os meus vizinhos do lado. nem pensei muito no assunto. meteu-se a parte final do ano, os exames e as últimas entregas de trabalhos, e depois houve o trabalho no colégio, alguns dias de praia e o algarve. cheguei hoje a casa e a minha mãe contou-me que o joão, o filho, mais novo de todos, teve um acidente. estava a deslizar no corrimão da escola e caíu. está há dois meses no hospital, em coma. neste momento está em alcoitão, reconhece a mãe, tem uma irmã que entra pelo quarto a dar força a todos e a dizer que "ele vai ficar bom". e o joão é só um menino que eu às vezes vejo, que às vezes toca á camapaínha e pegunta se o tobias pode ir lá brincar um bocadinho para casa. pergunta-me sempre se ele faz xixi, eu digo que não mas espero que o cão não tenha nenhuma vontade repentina que me estrague o plano e a brincadeira do joão. tem uma mochila quase maior que ele e uns olhos à chinês. vejo-o nas escadas. agora percebo o olhar triste do pai e da mãe, quan