a m. adormece a cantar para ela própria, está com as mãos nos pés e vai cantando, ou marcando o ritmo na barriga com os dedos, ou ainda com a fralda naquele pedaço de pele no pescoço do mais macio que já vi. fica a cantar para ela própria até adormecer, ou vai dizendo baixinho os nomes das personagens da história que ouviu antes de dormir. hoje era "petar pan", "perdidos" e "capitão gancho", às vezes "sininho". a c. dorme muito encostada à parede, toda enrolada nos lençois até acima, apesar do calor. fica uma madeixa de cabelo espetada a espreitar cá para fora. tem 3 peluches ao lado. já deve estar a domir, apesar do concerto. hoje, e por ser dia de sobrinhos, tenho saudades do menino a quem esta noite não dei um beijinho depois de adormecer, junto à parede também (deve ser da idade).
Querido J, Estou finalmente preparada para me despedir de ti com o mesmo amor com que fiquei. Escrevo-te com a cor do mar em dias de Verão, esse mar que cura e leva todas as coisas. As transforma. Tenho sonhado contigo nos últimos dias, com carinho. Lembro-me do teu cheiro, da tua pele lisa no peito e costas. Lembro-me da tua respiração ao dormir, de sentir quando chegavas a Lisboa ou qualquer outro lugar no mundo, independentemente do que estava a fazer no meu dia.A guiar, a tomar café, entre emails e reuniões de trabalho ou qualquer outro compromisso de agenda. O que me magoou já não magoa. Amei-te muito e sei que esse amor vai continuar a existir para além de nós da mesma maneira que a vista da minha antiga casa continua, apesar de eu já não morar lá e não a encontrar todas as manhãs. O amor, como a vista e o horizonte, existe desde o princípio dos tempos e não precisa de pessoas, existe por si. Este amor vai, assim, existir para além de nós. Voa e viaja, desenha cenários n...
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