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Mensagens

A mostrar mensagens de 2007

agora

estou em casa. estive nas urgências do hospital e volto lá dqui a duas horas p buscar o resultado das análises. não fico internada. "tem que ser operada em breve!" (jura?) foi só um susto e por causa disto se calhar n posso ir festejar um ano novo com os meus amigos (faz-me tanta falta um ano novinho em folha!) CARALHO!

invisible

Edward Ruscha, 1984

dezembro

tenho saudades tuas e de tomar conta de ti

os dias

chão novo

os dias seguem com abertas junto ao mar e ao rio quando o sol aparece e teima em mandar embora o peso do inverno que cai na cidade. e não há grandes novidades a não ser a maior de todas: mudança. cheira-se ao fundo:)

chão

há lugares que são como toda a nossa vida devia ser

Ana

Conheci-a num jantar de caloiro. "Morato, Sofia Santos, Rui Martins, Ana Rodrigues" nomes murmurados por veteranos. passaram-se 4 anos sem a ver. em 2004 tive uma disciplina que nos fez reunir num ginásio, organizar grupos e escolher um orientador. este grupo, que eu não sabia mas já éramos nós com ela, mudou-me. tinha o antónio, a maría, a ritinha, a rita, a raquel, a adiafa e o ferreirinha. mais eu. ocupámos um ginásio, e neste caso ginásio vem de "gigante". vimo-nos mais que às nossas famílias durante esse ano. à semelhança do que foi a 1ª aula com o Professor Pedro, onde senti que estava no lugar certo (o Professor Pedro é o único que, tendo uma aula de PT à sexta-feira antes do almoço, das 11:30 às 13 se não me engano, tinha lá a turma toda. ele não sabia, mas muitas vezes não tínhamos a aula antes. e ele não sabia que nós sabíamos com antecedência que não íamos ter as primeiras horas e que , ainda por cima à sexta, era uma fabulosa balda especialmente para os

t-u

não tenho emprego, tenho 6 horas de trabalho por semana. o resultado de projectos ainda se vai ver depois de mais uma operação que me assusta e tenho que fazer. não tenho carro, tão cedo não saio de casa e estou feliz. sinto-o de verdade enquanto te espero. os meus dias têm-te a ti. têm o caminho para a escola, muito ensonado, inclinado na cadeira de cabeça encostada à janela a fazer ricochete no alcatrão. hoje tivémos uma companhia especial e o teu sorriso de vitória a entrar na escola valeu-me a madrugada. estás crescido e ainda assim julgo ouvir-te dizer o "estranformei-me" como dizias nos teus 4 anos e que a Matilde diz agora. gosto de seres assim como és: de bem com a vida. de seres tão sensível e fazeres do que se sente o chão de certezas, mesmo que a vida às vezes nos faça voar. gosto do que ainda tens de tão pequenino e de tão crescido, e acho essas tuas duas marés tão bonitas que me apetece contá-las a quem vejo. não conto porque se estivesses ao meu lado dizias baix

o meu orgulho

"Por vezes temos de atravessar um rio mas não temos barco. Temos de ver as coisas nítidas mas não temos óculos. Temos de seguir em frente mas temos um caminho. Temos de gritar mas não temos voz. Temos de lutar mas não temos força.Temos de viver a vida mas não temos vontade. A tua amizade podia até não mudar nada mas a verdade é que torna a nossa especial e isso muda tudo.Obrigado por tudo o que tens feito por nós. Apesar de seres maluco, bebes e fumas mas gostamos muito de ti. Um beijinho especial dos teus alunos. Feliz aniversário."

roxo

o pijama é roxo. as calças acabam pouco depois dos joelhos. por baixo tem uns collants brancos muito justos. parecem quentes (está um calor dos diabos e são quentes!) empurram-na pela rampa, entra na sala. os joelhos são pulsos, as pernas braços. é a primeira vez que te vejo: quatro pulsos e quatro braços. tanto tronco e quase nada que toque o chão, só as rodinhas de borracha gordas. quem a traz trata de papeis. está quase deitada na cadeira, pequenina. cai-lhe o corpo. sai dele. treme treme treme, chora. toda ela treme e chora com todos os braços, pulsos, até com os caracóis cinzentos cortados rente. treme sem lágrimas e geme baixinho. ninguém mais a vê e eu sentada, ela sentada. deixaram-na à minha frente. geme baixinho, a filha limpa-lhe a cara de lágrimas que não existem, fala com ela, mas tem os papeis, a fila, a cadeira não cabe junto ao balcão e separam-se por um papel colado, torto. "fila única". cruza e descruza os braços, afinal pernas, passa muitas vezes o polega
"(...) que desce desde o cimo até terminar numa pequena cascata junto ao mar. O nome do rio é “Touro”. " amanhecer aqui

dias azuis

a outra margem

de Luis Filipe Rocha estreia no início de Outubro

o que se espera

tenho andado a pensar nisto: no que esperam de nós. no trabalho, nos amigos,pessoas da família, as pessoas das caixas do supermercado e das bombas de gasolina. é uma ideia estranha porque talvez parta do princípio errado de que esperam alguma coisa, como se quiséssemos pôr um espelho onde não há. ou então espera-se tudo e há zooms, grandes angulares que nos dissecam aos bocados para ver se estivémos bem aqui, ali e acoli. a ideia que fazemos dos outros e de nós é estranha e semelhante à ideia de sucesso. há aqueles que movimentam milhões, trabalham e ganham cada vez mais. há os que montam um circo à sua volta. há os que daqui a dois anos estarão esquecidos e cairão na frase deprimente..."ah, aquele da televisão que aparecia muito,...o que é que ele fazia?" nós somos espectadores do circo montado. e também gostamos às vezes, porque a verdade é que os lugares estão ocupados e há fila de espera. é uma ideia errada. é esperar ver um reflexo de nós em algo, ou alguém, que não nos

telefone, 18 horas

- Tité, podes vir cá a casa? ...é que tenho os cadernos e livros para forrar de plástico e se a Mãe faz ficam com bolhas.... o que eu quero da vida é tempo para forrar cadernos

pearl

parece uma reedição da história de Dan Eldon, morto uns anos antes, mais novo, sem a vida transformada num filme. seja como fôr, tanto eldon como pearl arriscaram mais (demais?) para nos fazerem chegar notícias. de quantas mais vamos precisar? o mundo não é só bom, nem doce, nem feliz. também é mau, com histórias desfeitas, vidas que acabam, mistérios de nós, dos outros, da vida e da morte. o mundo é isso tudo e parece-me um sonho. parece que a vida de dia é só estar acordado e há um sonho maior por trás que continua, ou retomamos, cada momento. tudo recomeça. não há vida que acabe com morte, só um sonho por trás. uma forma de ser.

fim de verão

sei que é fim de verão porque me levantas o braço (o meu braço é um peso morto-vivo levantado por ti), contas-me da festa de anos de ontem e do primeiro dia de escola do terceiro ano. é já amanhã. falas da roupa que queres vestir, "como a hermione", calças de ganga e um casaco rosa novo. umas calças muito quentes para este setembro de um calor aquoso, por isso acho que levo uma saia na mala para quando forem 4 horas e te for buscar. para quando tiver as duas mãos ocupadas com quatro mãos mais pequenas, para ouvir como foi e ver-te suar enquanto dizes que não tiveste calor nenhum, a rir. porque eu sei que tu vais ter calor e tu sabes que eu sei, mas não dizemos a ninguém. esta é a cara que a terra faz junto ao mar no fim de verão e o manda embora em sopro nos dias de setembro bolas de sabão dos dias mais felizes

1 pontito!

estamos assim: mimo e a minha mão por cima
cheira a agosto" e a verão e s t e n d i d o

digo-te:

tens sempre calma porque sabes queum dia tudo vai fazer sentido. aprendi que é assim e que todos os dias têm um sentido qualquer, mesmo que mais escondido. tu fazes-me acreditar que se caio é porque me vai fazer bem esfolar os joelhos, e se choro é porque é bom lembrar o sabor do mar. fazes-me acreditar que há mais qualquer coisa. fazes-me saber, bem dentro, que somos um bocadinho mais do que pensamos ser. quero viver, viver-te, escrever-te, procurar o que mais houver. amo-te

a maçã

"you can't connect the dots looking forward; you can only connect them looking backwards. So you have to trust that the dots will somehow connect in your future. You have to trust in something — your gut, destiny, life, karma, whatever. This approach has never let me down, and it has made all the difference in my life." (SJ)

São Martinho

pequeninos crescidos

vão no banco de trás apertados. seis pés disparatam entre eles e os bancos da frente, uma bola cai, um elástico salta, os ataques de riso sucedem-se à saída da cidade enquanto ouvimos o "encosta-te a mim" e o T. ensaia breaks. toda a gente se alinha ao longo da marginal: os que vivem nas moradias e mansões, os que partilham andares apertados na linha de sintra, os que têm termos, os que preferem as esplanadas. sandálias altas, chinelos rasos e havainas marcam passo à chegadas das praias. está um sol bom e com imaginação descobre-se sempre um lugar onde poderiamos estender as toalhas e os corpos s tivéssemos vindo preparados.é pena. não é pena. é junto à serra que a paisagem respira melhor. há poucos carros, há a nuvem grande que faz de chapelinho à montanha e indica o vento que devia existir e não veio, há ciclistas e poucos carros, um sol imenso num mar recortado à esquerda. curvas e curvas até lá acim. "já estivémos aqui", chutam pedrinhas e aeia com os pés. entra

de volta

é a M. que diz que a vida nos dá sempre uma maneira de voltarmos às coisas. acho que é assim com a infância, que somos a criança que já vivemos todos os dias e não sabíamos. também é assim com as pessoas que se cruzaram e cruzam connosco todos os dias. de alguma maneira, cada passo, mesmo que acabe numa valente queda, volta mais tarde numa nova oportunidade de o dar. uma oportunidade mais madura, novinha em folha, de fazer de novo e outra vez. acontece-me com as pessoas de quem gosto muito. acontece-me com aqueles de quem (achava eu) tinha deixado de gostar. acontece-me com os talentos que cada um tem. é como senitr chegar um verão e encher o peito de ar.

a guida

é muito em mim e na minha vida. e de cada vez que a conheço mais, MAIS ela é e fica em mim. há quem escreva por nós de verdade. verdade. "dizem que foi mesmo ali colado às estrelas onde tudo começou...eu cá não sei, mas sei que é mesmo ali a tocar o céu onde tudo é mais genuíno, mais natural...e por isso, mais verdadeiro.gosto muito da verdade. mesmo quando ela dói. porque quando dói, dói sempre menos porque é verdade e então é natural, "faz parte" ! também é colado às estrelas onde só interessa o que é essencial e onde tudo se torna mais leve, talvez pela distância ao centro de "gravidade"...!bem...está na hora de levitar. volto amanhã."

hoje

ora portantooooo uma nova conta um almoço ao sol e com cavalos o guincho o trânsito para lisboa o colégio a casa do castelo e coisas boas:)

o mundo

há frases ditas que váo directamente ao coração de quem as ouve. ontem foi um fim de tarde e uma noite boa. estrada, música, sol, cerveja e aquela calma de um domingo que não adivinha a pressa da semana que se segue. e no meio de tudo isto, o amigo de uma amiga estava ao piano a tocar, a substituir o filipe raposo. tem boa onda o daniel, e só quando o vi em palco é que me lembrei que já me tinham dito, alguém de um planeta diferente do dos concertos, que ele ia estar ao piano naquela noite. depois do concerto aproximei, com o daniel, estas duas pontas de pessoas que conheço e que ele, sem saber, conhece também. "- É giro, não é? Incrível! O mundo está mesmo a duas pessoas de distância"

p'a guida

"Diz ele", disse Austin, "que há um súbito cheiro a jasmim trazido pela brisa inesperada, um súbito olhar límpido de mulher num súbito terraço, uma bola amarela de criança que vem devagar tocar-nos nos pés, qualquer coisa de violino, ou qualquer coisa de harpa, que vem de qualquer coisa que é noite, ou apenas silêncio, uma luz filtrada de pausa em certo fim de tarde, o mar que chega à praia deste peito, a onda que se estende quando chega, um cisne sem lago subindo o colo daquela mulher, ou a sua nudez ansiada como espuma de carne num lençol, a curva a que a mão dá o contorno , o cansaço nos lábios mordendo os cigarros, a amplidão de repente feita olhar , um grilo que vem dos nossos campos de outrora a canta na noite, o sabor do café na manhã clara , uma saia que roda e faz fru-fru, a luz que rompe, rindo, em face suja, alguém recupera música esquecida assobiando , a madeira velha larga um odor a tudo o que apetece voltar a ter, um amigo chega, bate a porta e lembra-nos o

Babinski

é o novo livro ilustrado por Luis Henriques aqui fica um gostinho (da imprensa canalha)

sabe bem

um jantar, café novo, chegar tarde e a "más horas" a casa. não ser só casa-trabalho-trabalho-casa e pronto, amanhã tenho sono sim. a fingir que tive a ver a anatomia até agora:)

para a Francisca

minha querida princezinha: conheci-te numa manhã, 18 de Maio de 2002, fez exactamente ontem cinco anos e nessa altura tinhas essa idade. claro que faz sentido ter sido numa manhã, especialmente porque elas são mais claras aí em cima, com mais tempo, e há mesmo quem as arraste para lá do meio dia ainda com pijama no corpo ( o traje social mais usado por aí). em 2002 punhas-te em bicos de pés na janela para nos veres do lado de lá, pedias óculos escuros e colares à maria, querias os meus cadernos, o colo, as histórias. agora és mais ou menos assim também, mas mais alta. os bicos nos pés e calcanhares no chão, o cabelo maior, um ar mais velho de quem sabe tornar perto, soltando balões rumo ao céu em dia marcado,o que parece longe e afastado de nós. tu lembras-me todos os dias que quem somos está dentro e fundo de cada um, uma impressão digital ou tatuagem, como diria a mafalda, que não nos deixa esquecer quem somos. é assim que eu nunca esqueço nem deixo de sentir o enorme amor que sinto

3

há lugares (des)conhecidos que no fazem tremer à entrada. são as palavras ditas que encaixam na perfeição no espaço, que não sabíamos que existia, reservado para elas. um espaço guardado para guardar. é o tempo de cada palavra, o que se quer dizer do primeiro ao último som ouvido, a boca a acabar em lábios a dizer que falam e a falar, a ressoar em volta. é tudo isto que assusta e faz pensar "já aqui estive". ainda por cima estamos no mês de Maio.

paraíso

guardado na parte de dentro e mais quente do meu coração

abril

estou no pateo, em curva, e o vento não chega aqui. fica do lado delá do muro, faz-lhe uma tangente e segue em disparada para a quinta do hespanhol ondeos pinheiros altos o esperam. aqui o sol pode pousar inteiro e eu posso fingir que leio um livro que nem é meu. posso interromper e olhar directamente para o sol de chapa, de olhos cerrados, e ver ondas de luz por dentro de mim. posso ouvir a coruja,o pónei e uns porcos bebés que cheiram mal. ainda bem que o vento, que passa depressa, leva o cheiro. e ainda bem que os pinheiros não desmaiam.

páscoa

1. sopra-se o conteúdo dos ovos para uma taça e guarda-se as cascas 2. junta-se guaches, panos, pinceis, chocolate ovomaltine (...) deixo a imaginação de cada um fazer o resto, porque há instantes que, mesmo que partilháveis, não são de toda a gente a minha tarde de domingo foi assim e a areia no chão, de barriga para cima a pedir festinhas

arrumações

comprar frasco para pôr areia do deserto e dar ao tiago. colar o castiçal de madeira onde as velas redondas se poêm em fila indiana, apontadas à janela. não tem arranjo, vai fora. limpar fotografias do quadro em cima da aparelhagem. pôr na parede o print que encontrei do diário de bordo com um texto da mafalda depois dos coliseus de lisboa. guardar as fitas de fim de curso. arrumar centenas de fotografias. comprar uma lâmpada nova para o candeeiro de arroz. arranjar uma nova forma de guardar os cds que sobram das caixas. coisas para reciclar. as palvras do tomás e da catarina e matilde que estavam em post its à espera que os passasse para os cadernos que os três têm das palavras que foram dizendo quando começaram a conhecê-las melhor. já estão nos cadernos. a pulseira do open air no dossier do clube. uma mica com mails e fotografias da primeira vez que fomos a braga no dossier do clube, mais flyers e coisas de coliseus, além de um alinhamento. uma caixa para cartas e outra para guardar

precioso

"adormeceu agora. brincámos aos robots e aos animais mortíferos, lemos dois livros e contaste-me histórias dos teus dias. inventaste rimas e fizeste uma canção. já lavas os dentes sozinho. levámos o "Pinóquio" para a cama e, pela primeira vez, conheceste o Gepeto, o menino de madeira que queria ser de verdade e o grilo, a "consciência". adormeceste muito enrolado no lençol, das voltas que ías dando enquanto te lia os "capítulos", e com uma perna dobrada para cima, encostada a parede. no outro dia fizeste isso. quando oiço a perna tombar pela parede branca...tssssss...sei que adormeceste. depois tento desenrolar-te do lençol com muito cuidado para não acordares. apago o candeeiro da girafa e guardo o livro ao pé da tua fotografia de verão. o teu universo está na janela, com o "bocadinho de noite" que deixo para trás a guardar-te. dorme bem." julho 2004 fazes parte do mais precioso da minha vida pequeno-grande t.
-No outro dia veio o alto lá da escola e deu-me um murro? - Foi, e entao e depois? O que aconteceu? Bateste-lhe? - Não tive tempo.... (barrigada de riso)

"Eternamente"

"sem ti, lancei outras raízes, construí pátios e terraços, fontes cujo som deveria apagar todos os silêncio, plantei um pomar com cheiro a damasco, mandei fazer um banco de cal à roda de uma àrvore para olhar as estrelas, um caminho o meio de um olival por onde o luar pousaria à noite, abóbodas de tijolo imaginadas pelo mais sábio dos arquitectos e até teias de aranha suspensas do tecto, como se vigiassem a passagem do tempo. nada disto tu vistem nada te contei, nada é teu. (...) sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. acredita na eternidade das pedras e não na dos sentimentos, acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passearemos pela sombra da àrvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através d

passear lisboa

a maggie está cá estes dias. é sempre diferente sabê-la cá, embora ela não o saiba, embora desconfie. passeámos lisboa. começamos a andar indefenidamente e acabámos ao pé do são luiz, na esplanada. na esplanada do são luiz. paradas, sentadas, e ainda assim a passear lisboa. lisboa.

é de rir

As melhores participações de seguros do ramo automóvel em Portugal O falecido apareceu a correr e desapareceu debaixo do meu carro. Para evitar bater de frente no contentor do lixo, atropelei um peão O acidente aconteceu quando a porta direita de um carro apareceude esquina sem fazer sinal. Aprendi a conduzir sem direcção assistida. Quando girei o volante no meu carro novo,dei comigo na direcção oposta e fora de mão! O peão bateu-me e foi para baixo do carro O peão não sabia para onde ia, então eu atropelei-o! Eu tinha a certeza que o velho não conseguia chegar ao outro lado da estrada, por isso atropelei-o O tipo andava aos ziguezagues de um lado para o outro da * *estrada. Tive que me desviar uma porção de vezes antes de o atropelar. Um carro invisível veio de não sei onde, bateu no meu carro edesapareceu. A camioneta bateu de traseira no meu pára-brisas, em cheio na cabeça da minha mulher.

dois anos e pouco

é a idade deste blog. fui ler-me para trás, li amigos também. encontrei este texto no blog da pipa. foi por ele, e através dele, que se marcaram novos jantares e este blog nasceu. hoje seria um dia de reunião, um dia só nosso, e eu vou ficar em casa. maldita gripe que me está a dar cabo da paciência, dos pulmões, da cabeça e do que mais há dentro dela. ainda bem que mesmo assim há coisas que se podem ler para trás. ainda bem que as pessoas se guardam por dentro, com febre ou não. "coisas boas" A casa da té tem o barulho dos passos apressados do tobias. gosto tanto da casa da té! Tem cheiro a abraço e sabor a amizade. tem chocolate quente e música. Normalmente, quando lá vou, tem-nos a nós. deitados no chão, arrastados das vidas, cansados, e felizes. conseguimos deixar penduradas na porta as coisas do dia, da vida. a casa da té tem música. tem paz. tem o movimento de lisboa, ali ao lado. e tem paz. é um lugar dos nossos, e chegar a casa da té é chegar a casa. vinho e cervejas,

a pipa

a pipa é loira. engraçado, dantes parecia-me mais loira, agora nem me lembro que a chamávamos assim. sempre gostei muito dela. sempre. no início achava-a muito muito diferente de mim, embora fôssemos as duas caladinhas. e pipa era, e ainda é, "zen". foi assim que a descrevi numa noite de passagem de ano há uns bons anos atrás. "zen". e eu só vim aqui dizer que gosto mesmo muito dela. é uma referência e é pessoa boa.
"Abres um livro, este, e procuras. O que se procura não se sabe. E é preciso isso de não se saber se prolongue até à desmesura do processo de procura. Só assim um livro dura, suspenso da sua reticência, na euforia da promessa. Porque cada livro é sempre a promessa de uma palavra definitiva - não a última, mas a primeira. Uma palavra, ou outra coisa qualquer, um gesto, por exemplo, um pormenor, a curva da mão, um olhar, uma fita azul, um candelabro, uma jóia, poderá ser, sim, a mão atrás das costas, o contorno agudo do cotovelo, o cabelo apanhado logo ao sair da cama, a veia nebulosa de um braço, o pregueado de uma saia vermelha, será sempre aquilo a que o olhar se prende, não por curiosidade, que isso seria demasiado fútil, a curiosidade não tem lugar nestas coisas, mas para não cair, para não descer demasiado dentro de si mesmo, para manter à tona da água os olhos entreabertos, para emergir da noite da matéria, a silenciosa noite do mundo ou outra oisa qualquer, como um olhar, po

que 2007

me traga as manhãs, mesmo as mal dormidas, as que custam a abandonar a cama, as que nos enchem o peito de ar fresco na primeira respiração profunda do dia os passeios, as viagens, o desfazer de fronteiras que não existem noutro lugar a não ser no fundo de nós me dê musica, da boa ( conta com a ajuda especial de alguém nesta parte) me dê noites e dias de amor interminaveis me faça ver o melhor de nós nos outros me dê a sabedoria para poder ajudar me dê a sensatez para gerir tempo e ter tempo para não fazer nada me continue a fazer perceber que a resposta, às vezs, não é "branca nem preta, e muito menos cinzenta" seja um ano de continuar esta vontade de realizar sonhos e arriscar algo novo, diferente traga as idas à escola ao fim do dia para ir buscar meninas que vêm cansadas e a contar o projecto da semana e a ideia de entrevistar um bombeiro para ensinar mais aos meninos sobre "as profissões" ou o chegar ao fim do dia a casa que fica numa rua que sobe e não desce,