tenho visto muito menos os meus vizinhos do lado. nem pensei muito no assunto. meteu-se a parte final do ano, os exames e as últimas entregas de trabalhos, e depois houve o trabalho no colégio, alguns dias de praia e o algarve. cheguei hoje a casa e a minha mãe contou-me que o joão, o filho, mais novo de todos, teve um acidente. estava a deslizar no corrimão da escola e caíu. está há dois meses no hospital, em coma. neste momento está em alcoitão, reconhece a mãe, tem uma irmã que entra pelo quarto a dar força a todos e a dizer que "ele vai ficar bom". e o joão é só um menino que eu às vezes vejo, que às vezes toca á camapaínha e pegunta se o tobias pode ir lá brincar um bocadinho para casa. pergunta-me sempre se ele faz xixi, eu digo que não mas espero que o cão não tenha nenhuma vontade repentina que me estrague o plano e a brincadeira do joão. tem uma mochila quase maior que ele e uns olhos à chinês. vejo-o nas escadas.
agora percebo o olhar triste do pai e da mãe, quando ás vezes os via a chegar a casa ao fim do dia. pensei, no máximo, que tivesse sido um mau dia no trabalho, talvez trânsito a mais. nunca quis tanto ouvir a camapaínha como agora. abrir e ser o joão.
agora percebo o olhar triste do pai e da mãe, quando ás vezes os via a chegar a casa ao fim do dia. pensei, no máximo, que tivesse sido um mau dia no trabalho, talvez trânsito a mais. nunca quis tanto ouvir a camapaínha como agora. abrir e ser o joão.
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