" acho que vivemos muito pouco tempo para não sermos se não amadores"
Maria José Vidigal
li o blog de uma amiga minha há pouco, e encontrei-a desiludida. também tenho andado assim no fundo, nomeadamente no que toca à falta de lealdade para com as pessoas. ou se é amigo ou não se é e ponto final. esta é sempre uma questão se ser ou não ser, onde não cabem "talvez" nem "depende". e o facto de ser, afinal, uma equação simples, não quer dizer que não seja difícil- como é. hoje gostava que os meus amigos, as pessoas que tenho à minha volta, me dissessem simplesmente se são amigos ou não. prefiro um "não" dessses do que um "sim" que s taduz numa maneira de estar que não e a verdadeira e deixa, por isso mesmo, de ser a melhor. hoje gostava de uma coisa simples assim. sim ou não.
Comentários
Sabes, costuma dizer-se que na vida não há uma lógica binária. Não há um sim ou um não, um on e um off, não há preto e branco. Concordo com isso, talvez porque nos afasta um bocadinho da ideia de máquinas e nos dá uma certa ideia de liberdade, mas, no que toca à amizade e também ao amor, concordo contigo. Ou se é ou não se é. E uma das coisas que gosto sempre nestas coisas é a sinceridade. As coisas são mais simples que parecem e falar delas não é assim tão complicado como as pessoas o fazem parecer. Para quê criar muros de silêncio onde uma palavra resolvia tudo? Porque é que temos tanto medo de nos expormos aos outros, quando, na maioria dos casos apenas ficávamos a ganhar com isso? Lá estou eu mais uma vez a bater na tecla de que nós não temos medo de nos expormos aos outros, mas de admitirmos coisas perante nós próprios. É que quando se verbalizam parece mais díficl voltar atrás. E a sinceridade, não é ela também tão simples? Para quê esquemas, mentiras, jogos? Um sim ou um não, ou é ou não é. Para que não haja despedidas aos bocadinhos e pessoas que aparecem e desaparecem da nossa vida sem sequer dizer adeus ou explicar porquê.