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abril

estou no pateo, em curva, e o vento não chega aqui. fica do lado delá do muro, faz-lhe uma tangente e segue em disparada para a quinta do hespanhol ondeos pinheiros altos o esperam. aqui o sol pode pousar inteiro e eu posso fingir que leio um livro que nem é meu. posso interromper e olhar directamente para o sol de chapa, de olhos cerrados, e ver ondas de luz por dentro de mim. posso ouvir a coruja,o pónei e uns porcos bebés que cheiram mal. ainda bem que o vento, que passa depressa, leva o cheiro. e ainda bem que os pinheiros não desmaiam.

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