estes são os dias de desejar um saco de água quente permanente nos pés, no pescoço, na pele dos pulsos que fica à mostra entre o fim da camisola e o começo das luvas. estes são os dias de gripe e de quase toda a gente na cama. e os outros que se encaminham para lá. hoje gostava de estrada. de encontrar os rosas e lilazes da a2 no fim do dia e achar-me no alentejo. e talvez antes atravessar o sado de barco na esperança eterna de ver um golfinho. apetecia-me ouvir música no carro, até lá chegar, sem nunca saber onde esse "lá" fica afinal. parar num supermercado para água e bolachas, daquelas mercearias pequenas das estradas nacionais, ou então uma estação de serviço. gostava da planície sim, do espaço recto entre chaõ e céu como em áfrica ( que me faz falta).
ou seguir para norte e encontrar aquele abraço no fim, além de uma correria de passos mais pequenos na minha direcção, e alguém que me pula no colo. comer sopa verde, deitar-me no puff, no chão de madeira, mesmo ao pé do aquecedor e saber que faz mal, que ainda me constipo, e é uma delícia que estou disposta a trocar por uma constipação. de ver os tios e a vida inteira dos dois juntos. de te contar a ti histórias de quando eras pequenina e nos conhecemos. e contigo ía conversar. gosto de vos dar uma "boa noite", já as duas na cama, e eu vou para a sala. vejo um episódio de telenovela que não sigo mas me parece familiar. sento-me no chão, mais tarde, com canções que só há ali, e se o dia nasce vejo-o pela janela, desde a vila até cá acima.
estes são o dias de gripe em que me tocam à porta meninas vizinhas e perguntam " A C. pode vir?...Doente? O que é que ela tem?". Primeiro a vizinha de cima, depois a mãe da vizinha de cima ( e um convite para jantar), depois a vizinha da frente. estes são os dias em que gostava que não fosse tão difícil levar-te a passear, arriscar um passo fora do traço, qualquer coisa original. e talvez aí percebesses como é bom ver alguém chegar.
ou seguir para norte e encontrar aquele abraço no fim, além de uma correria de passos mais pequenos na minha direcção, e alguém que me pula no colo. comer sopa verde, deitar-me no puff, no chão de madeira, mesmo ao pé do aquecedor e saber que faz mal, que ainda me constipo, e é uma delícia que estou disposta a trocar por uma constipação. de ver os tios e a vida inteira dos dois juntos. de te contar a ti histórias de quando eras pequenina e nos conhecemos. e contigo ía conversar. gosto de vos dar uma "boa noite", já as duas na cama, e eu vou para a sala. vejo um episódio de telenovela que não sigo mas me parece familiar. sento-me no chão, mais tarde, com canções que só há ali, e se o dia nasce vejo-o pela janela, desde a vila até cá acima.
estes são o dias de gripe em que me tocam à porta meninas vizinhas e perguntam " A C. pode vir?...Doente? O que é que ela tem?". Primeiro a vizinha de cima, depois a mãe da vizinha de cima ( e um convite para jantar), depois a vizinha da frente. estes são os dias em que gostava que não fosse tão difícil levar-te a passear, arriscar um passo fora do traço, qualquer coisa original. e talvez aí percebesses como é bom ver alguém chegar.
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