" Maggie" foi o que ela escreveu nas costas de um bloco de desenho que tinha na altura, pouco depois de nos conhecermos. era a altura dos terríveis exames nacionais do 12º ano e íamos em bando para a mediateca estudar. ao menos havia muitas mesas, pouco barulho, ar-condicionado ( lá fora era Verão), e um café perto onde ir em horas de desespero. foi no meio de folhas e apontamentos, das ti-82 e 83, dos horários das explicações e os cafés que conheci uma das minhas maiores amigas.
a maggie fez anos dia 9, ontem. tinha pensado chegar a casa hoje à noite e escrever este post ainda nos anos dela, mas a inauguração de primeira casa de outra amiga atrasou-me um bocadinho. a fingir que ainda é dia 9. a maggie não é muito alta mas tem aquela coisa boa de ter muito espaço por dentro. tem muito " por onde se lhe pegue", no fundo. sabe muito de várias coisas, como ter vários meios-irmãos dos dois aos vinte anos, sabe de enfermagem, de espanhol, de teatro, de música. também sabe as coisas pequeninas e um dia ensinou-me que " quando mexo o café parece que mexo minha vida inteira", e eu nunca mais me esqueci destas palavras. por isso é frequente encontrá-la nos cafés que vou bebendo, ou só quando vejo colheres a mexer, quando penso em hospitais, ou em palcos, luzes, ou nos dias de todos os dias em que combinamos um café na minha casa ou na dela, ou na baixa, ou noutro café e vamos passear lisboa. há dias em que a vida nos rouba tempo e não nos conseguimos encontrar, apesar das combinações. a maggie é uma amiga com quem gostaria de estar mais tempo, mas com quem estou sempre por sermos amigas.
parabéns maggie
o dia de hoje é sempre teu
coisas boas
Comentários