uma vez apanhei uma camioneta para algum lado, agora não me lembro. o terminal era no arco do cego, uma manhã cedo, inverno, com aquele frio gelado a colar-se aos casacos em forma de orvalho. a camioneta era enorme, com dois andares, atolhada de passageiros e malas. não levava muita coisa, procurei o meu lugar e calhou-me um espaço ao pé de uma senhora velhota na fila mais à frente do andar de cima. via-se a estrada e a frente era uma enorme parede de vidro. "melhor, não enjôo",pensei. lá me sentei e passado pouco tempo vem um senhor com sacos, " o meu lugar é aí", disse a apontar para a senhora gorducha ao pé de mim. "mas não posso ir lá atrás", disse ela, "enjôo e de certeza que o senhor não vai querer uma camioneta cheia de vomitado por aí". quem não dormia ainda e teve a sorte de ouvir a ameaça fez um esgar de nojo, misturado com um "espero que ela não esteja a falar a sério" e um " não acredito..discussão...queria dormir ". teve que vir o motorista, já sentado e alinhado com os pedais e botões das portas, pornto a arrancar. subiu as escadas em caracol, disse à senhora " não pode estar aí, os lugares são marcados e esse pertence a este senhor". lá se sentou o senhor vitoroso, lá foi a outra gorducha, quase sem conseguir passar no corredor de cadeiras, com um tricôt pendurado, mais sacos de plástico e os óculos presos num fio e uma haste solta. " eu vou vomitar, bem aviso! vão ver". lá me apertei para que ela saísse, respirei fundo e voltei a apertar-me para entrar o outro senhor, a rir de contente, não porque só pelo lugar mas por ser interessante ganhar qualquer coisa. sentou-se, abanou a cadeira para trás e para a fernte a encostar costas e pernas no banco, puxou as calças para cima, com um safanão perto dos joelhos, e deixou à mostra umas meias às riscas ou quadrados, com o mesmo padrão dos estofos da camioneta. o banco era dele.
dear Sophia, it's really late. I've just arrived home after a dinner at my grandma's house. she's still so special. everyone ate a lot, we talked about old friends, ourselves when we were growing up. there are always stories about africa. we are all so linked there, so many miles away and yet. we talked about you, alexis and darril. and also about the bulldogs that my uncle used to have and were pretty awfull and scary. I was really afraid of them, but one day I grabbed a horn and chased them trough the garden until they were crying with the noise. never bothered me again. we also mentioned cape town and pretoria, your house, your family, I remember you so dearly it's hard to say. you were my friend and were a bit like me. you thaught me english and had the patiente enough to hear me reading, laughing out loud in a bed full of animals and pillows that we throwed until they reached the ceiling, you knew the piano but hated it. you knew everybody and everything so wel
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