sonhei com muita coisa, mas raramente me lembro com o que sonho. e agora, enquanto os dedos tocam em letras que aparecem à minha frente, é de noite e o dia não começou. já não estou no tempo do sonho nem de dormir, mas ainda não chegou a altura de me mexer,sair para o mundo e deixar acontecer um dia. o que me apetecia mesmo era chegar à varanda, com lisboa em silêncio, e ouvir o som da madrugada. o barulho quieto do mundo a abrir os olhos, espreguiçar-se e voltar-se para o lado, mais para dentro do lençois. só mais "cinco minutos".
Querido J, Estou finalmente preparada para me despedir de ti com o mesmo amor com que fiquei. Escrevo-te com a cor do mar em dias de Verão, esse mar que cura e leva todas as coisas. As transforma. Tenho sonhado contigo nos últimos dias, com carinho. Lembro-me do teu cheiro, da tua pele lisa no peito e costas. Lembro-me da tua respiração ao dormir, de sentir quando chegavas a Lisboa ou qualquer outro lugar no mundo, independentemente do que estava a fazer no meu dia.A guiar, a tomar café, entre emails e reuniões de trabalho ou qualquer outro compromisso de agenda. O que me magoou já não magoa. Amei-te muito e sei que esse amor vai continuar a existir para além de nós da mesma maneira que a vista da minha antiga casa continua, apesar de eu já não morar lá e não a encontrar todas as manhãs. O amor, como a vista e o horizonte, existe desde o princípio dos tempos e não precisa de pessoas, existe por si. Este amor vai, assim, existir para além de nós. Voa e viaja, desenha cenários n...
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