" parece-me, antes, que amar é reconhecer. reconhecer no sentido de quem se conhece duas vezes. por fora. e por dentro. reconhecer como forma de nos reconhecermos, insaciavelmente, em alguém que faz parte de nós. reconhecer como uma estranheza que se esclarece, sempre que alguém precioso nos reconhece, mesmo quando não sabemos quem somos. e reconhecer gratidão. pelos gestos de reconhecimento que se trocam quando se ama."
Querido J, Estou finalmente preparada para me despedir de ti com o mesmo amor com que fiquei. Escrevo-te com a cor do mar em dias de Verão, esse mar que cura e leva todas as coisas. As transforma. Tenho sonhado contigo nos últimos dias, com carinho. Lembro-me do teu cheiro, da tua pele lisa no peito e costas. Lembro-me da tua respiração ao dormir, de sentir quando chegavas a Lisboa ou qualquer outro lugar no mundo, independentemente do que estava a fazer no meu dia.A guiar, a tomar café, entre emails e reuniões de trabalho ou qualquer outro compromisso de agenda. O que me magoou já não magoa. Amei-te muito e sei que esse amor vai continuar a existir para além de nós da mesma maneira que a vista da minha antiga casa continua, apesar de eu já não morar lá e não a encontrar todas as manhãs. O amor, como a vista e o horizonte, existe desde o princípio dos tempos e não precisa de pessoas, existe por si. Este amor vai, assim, existir para além de nós. Voa e viaja, desenha cenários n...
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