gostava de te contar como está tudo aqui. o mundo é tão impossível! a vida atravessa planos,faz tangentes a desejos e leva-os na curva. fazes-me duvidar do caminho para trás.
é mais fácil pensar que morreste, que o fim foi de outra maneira. a morte tem um quê de ternura porque a sei inevitável. seria mais fácil guardar os dias felizes, as manhãs,os dedos na perfeição do vinte. construí bons muros com arcadas de promessa mas a tua ternura provou-se mais forte na seda e sede.
a tangente aproximou-se da recta que desenhámos a quatro mãos e levou as tuas. distraíste-te. magoou-me a falta de atenção,ainda a julgar-te perto, a guardar espaço para ti nos meus dias e sono. não sei o teu último olhar.estávamos frente a frente e desviaste-o para um móvel, revista pousada, a sala igual e tu admirado.
pensei em títulos de catástrofe no jornal sobre o acidente de avião em que descolei, mas ainda assim. voámos sem rede mil vezes e era ai que julgava ser também a tua casa. tens o instinto maior de largar a mão, um medo antes de mim, de ti. uma placenta que ficou .
estranhei. com o tempo tudo se tornou mais claro e como "não há passos divergentes para quem se quer encontrar" foram eles que me disseram que o teu rumo era outro.
tenho no peito as cidades que fomos e construímos. tenho as viagens e os espaços na areia, as madrugadas profundas e dias suspensos. é agora que o abro e deixo escorrer o mais solto, pompeia adormecida que há-de levar quase tudo e deixar o resto. vou perdoar-te porque a minha vida é maior e sou feliz.
talvez não tenha sido bem assim,mas é esta a história que ficou em mim e a tua ausência não me veio contar outra.
a diferença entre nós é clara:
o teu medo preserva-te apesar da importância de quem esteja contigo. irónicas mãos de seda com unhas de papel.
é mais fácil pensar que morreste, que o fim foi de outra maneira. a morte tem um quê de ternura porque a sei inevitável. seria mais fácil guardar os dias felizes, as manhãs,os dedos na perfeição do vinte. construí bons muros com arcadas de promessa mas a tua ternura provou-se mais forte na seda e sede.
a tangente aproximou-se da recta que desenhámos a quatro mãos e levou as tuas. distraíste-te. magoou-me a falta de atenção,ainda a julgar-te perto, a guardar espaço para ti nos meus dias e sono. não sei o teu último olhar.estávamos frente a frente e desviaste-o para um móvel, revista pousada, a sala igual e tu admirado.
pensei em títulos de catástrofe no jornal sobre o acidente de avião em que descolei, mas ainda assim. voámos sem rede mil vezes e era ai que julgava ser também a tua casa. tens o instinto maior de largar a mão, um medo antes de mim, de ti. uma placenta que ficou .
estranhei. com o tempo tudo se tornou mais claro e como "não há passos divergentes para quem se quer encontrar" foram eles que me disseram que o teu rumo era outro.
tenho no peito as cidades que fomos e construímos. tenho as viagens e os espaços na areia, as madrugadas profundas e dias suspensos. é agora que o abro e deixo escorrer o mais solto, pompeia adormecida que há-de levar quase tudo e deixar o resto. vou perdoar-te porque a minha vida é maior e sou feliz.
talvez não tenha sido bem assim,mas é esta a história que ficou em mim e a tua ausência não me veio contar outra.
a diferença entre nós é clara:
o teu medo preserva-te apesar da importância de quem esteja contigo. irónicas mãos de seda com unhas de papel.
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