Avançar para o conteúdo principal
nas traseiras do meu quarto, que são as traseiras da minha casa inteira, há um jardim bonito. bonito por ser jardim e por ser um jardim bonito. tem um alpendre de madeira e uma mesa corrida, também de madeira, por baixo. com bancos de madeira corridos dos lados. tem um tabela de basket, bolas no chão e à noite há luzes, especialmente nestas noites de Verâo. estão sempre acesas, o que quer dizer que o jardim está aberto.guardo o que vejo como se fosse meu, não vão os vizinhos esquecer-se do que é importante um dia destes...
tudo começa ao fim da tarde, quando chego a casa e abro a janela corrida (parece que aqui as coisas andam depressa, mas não), ponho música, deito-me no chão de madeira e vou escolhendo os próximos cds. bebo um capuccino. ou mais. é por volta desta hora que começam os jogos de futebol. depois são os banhos e os jantares, o barulho acalma, as bolas ficam quietas no chão.
enquanto comem há muitas conversas, de todos, "cerscidos" e pequenos, e nunca ouvi gritos nem ninguém a dizer "porta-te bem". é que quando há espaço para as crianças bricarem o mundo abre-se para todos.

Comentários

Nekas disse…
Acho que cheguei a comentar contigo como esse quintal X 2 me fascina. No meio de Lisboa, onde bate o coração das buzinas, há um relvado e uma piscina redonda, e gritos, e um telheiro, e jantares e ...

VER, para CRER!

Mensagens populares deste blogue

falta

se pudesse contava a todos como me faz falta se não tivesse a voz presa na falta que me faz www.mafaldaveiga.com
uma das melhores coisas de poder escrever é poder fazê-lo. a escrita basta-se a si. Têm sido tempos mais exigentes, o trabalho continua atípico nestas rotinas covid, os encontros com amigos e família são menos e mais controlados, preocupa-me saber que tantas pessoas à minha volta estão a passar mal ou antevêem que se vão encontrar numa situação difícil na próxima semana ou mês. Faz-me confusão que não se faça tudo o que se possa, seja em relação à pandemia ou à protecção do planeta. Como o não escolher palhinhas, não deitar lixo no chão, reciclar o possível. Acredito numa intenção de cuidado base com tudo, sempre acreditei que um pequeno gesto repetido milhares de vezes faz a diferença. Milhares de vezes por milhares de pessoas.  Uma das consequências da pandemia foi a sensação de desesperança e ansiedade crescente não apenas por estarmos numa situação sem guião em que não se sabe como vai ser o futuro, mas também pela falta de controlo que parecemos sentir no presente, atirados p...
 As palavras acertam o ritmo do coração