ontem foi um dia diferente. dia sem estágio, dia de matar saudades do P. e companhia, dia de música logo de manhã. a manhã toda. sabe bem fazer tempo, esticar compromissos e coisas fazer. afastá-los da mesma maneira como se afastam para os lados as folhas que preenchem os tampos das secretárias, deixar espaço a meio e enchê-lo, ou deixar vazio. Fui ao careca, já nao ía há um bom tempo, e comi croissants. que delícia! conheci pessoas novas, assisti a um casamento fulminante, tive a ajuda de amigos com quem também não estava há tempo demais e tem sido bom o encontro, a ajuda, a disponibilidade e boa onda de sempre.vi muitos cães e gatos porque estive aqui, apanhei sol na cara. reuniram-se mais amigos num lanche, depois num jantar. o dia parecia não acabar nunca e eu deixei-o estar, de mansinho.
Querido J, Estou finalmente preparada para me despedir de ti com o mesmo amor com que fiquei. Escrevo-te com a cor do mar em dias de Verão, esse mar que cura e leva todas as coisas. As transforma. Tenho sonhado contigo nos últimos dias, com carinho. Lembro-me do teu cheiro, da tua pele lisa no peito e costas. Lembro-me da tua respiração ao dormir, de sentir quando chegavas a Lisboa ou qualquer outro lugar no mundo, independentemente do que estava a fazer no meu dia.A guiar, a tomar café, entre emails e reuniões de trabalho ou qualquer outro compromisso de agenda. O que me magoou já não magoa. Amei-te muito e sei que esse amor vai continuar a existir para além de nós da mesma maneira que a vista da minha antiga casa continua, apesar de eu já não morar lá e não a encontrar todas as manhãs. O amor, como a vista e o horizonte, existe desde o princípio dos tempos e não precisa de pessoas, existe por si. Este amor vai, assim, existir para além de nós. Voa e viaja, desenha cenários n...
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