uma vez a Maggie fez anos e fomos a casa dela para a festa. era uma casa muito bonita, ali para os lados da infante santo, com o rio inteiro nas janelas e um céu escuro ao início da noite. a maggie tinha uma saia e um top encarnados, estava com o sorriso de quem faz anos (sei que ela gosta de aniversários), a casa tinha quartos para todos os filhos, cinco. a margarida, a filipa, a teresa, o jonas e o gonçalo (se bem que o gonçalo nessa altura, a existir, só na bariga da mãe). havia uma mesa grande e comida, muitos livros nas estantes, quartos giros e a vista. havia varandas daquelas pequenas, que se nos pomos lá parece que vamos em descolagem por ai. ou talvez seja como diz o palma, "abriu a janela e voou". eram varandas de voar, sei-o agora. ficámos noite dentro e madrugada fora. conversámos, brincámos com a aparelhagem que tinha um sistema qualquer em que se passava a mão por um sensor, sem tocar em nada, e a porta do leitor de cd abria-se. passámos a noite a trocar d...