foi como se de uma pessoa se tratasse que conheci a música da Mafalda (Veiga). concertos, estrada, a ana, a banda, o pessoal técnico responsável por profissões que nem sabia que exístiam. outros lugares, públicos, palcos, palmas. tantas e tantas palmas. o encontro. noites roubadas e amanhceidas com o sabor da vitória. noites que ficaram noites de sempre.
no último concerto quase não estive lá. há alturas em que estou tão inteira que me esqueço do meu corpo, do peso e limites das coisas. atravessei espaços da minha vida em menos que um piscar de olhos: futuro, presente, passado e futuro, presente, presente. numa ordem que é só a minha na ficção de lembrar. fora do tempo também. não consigo tirar um momento, soltar cá para fora, dar isso, porque é como se me tirassem um braço. como se alguém viesse, quisesse o meu braço com um direito de propriedade que não tem, me levasse uma mão que é minha, cotovelo, a pele por cima, o sangue a correr por dentro, células e células que também são eu.
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