As palavras acertam o ritmo do coração
A minha energia derrete-se como um gelado em dia quente de Verão. Compreendo todas as razões mas sou pessoa de pessoas e custa não poder ver e abraçar, mesmo que racionalize e saiba que assim protejo quem amo. Percebo agora que estou há mais de um ano a racionalizar emoções e isso começa a pesar e deformar a estrutura dos meus dias. É insidioso e lento o fenómeno. Vou passear a Noz, ontem perdeu o juízo num lago. Poucas vezes a vi tão tão feliz e isso encanta-me: como qualquer coisa pode ser tudo para um cão e só cimenta a fidelidade, a amizade e a alegria. São muito simples. Ontem estava a pensar em como não conheço nenhuma música sobre um cão...damo-los por garantidos, por algo menor como se o que nos não pudesse ter tamanho. Com eles sim, não há racionalização possível: uma festa é sempre uma festa, um disparate não passa disso, podem-se todos os gestos de amor e carinho, toda a quebra de distância. É muito bom viver sozinha e, como em tudo na vida, também difícil. Às vezes pe